sábado, 7 de janeiro de 2012

Janelas da vida...

É bom quando se deixa as janelas da vida todas abertas, escancaradas. Através delas se vê de tudo, a tudo se contempla.
Olhar através das janelas da vida às vezes nos incomoda, de imediato nossa reação é fechá-las, nos proteger.
Se as janelas da vida são cerradas, perdemos o que se passa de bom, as belas paisagens.
Entender o que se passa através das janelas da vida, aceitar os desafios, é uma atitude sábia, digna dos destemidos.

O sabor da vida...

Estar comigo e me sentir por inteiro, achar dentro de mim um espaço onde só eu mesmo posso chegar, tomar descanso.
Estar comigo e me deixar levar pela leveza da vida, por tudo que acontece em volta, ser um nada sendo de tudo um pouco.
Não sei viver de outra maneira, com tudo sob medida, com os passos apertados pelos ditames das rotinas.
Achar um espaço bem folgado dentro de mim, onde eu possa me agasalhar, ter um pouco de paz, é tudo.
Fico pensando que nem sempre foi assim e me pergunto como é que suportei viver com tantas amarras!
Dou um vivas à liberdade, esta força sobrenatural que a tudo observa, e se abre em risos, em gargalhadas, simplesmente por encontrar o sabor da vida.


sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Sei que não volto...

Voo com os pássaros, tão leve!
Vou com os pássaros sem nenhum retorno.
Vou, sei que não volto. 
Com os pássaros a vida é uma brincadeira, cantamos o viver.
Quando pouso com os pássaros, a árvore é imensa, uma folha cai e aí vou com ela.
Mais leve ainda, entregue à brisa, sei que não volto.

Me sinto só...

Agora no almoço faço minha prece, aquela que aprendi com vocês e aí me sinto só, desamparado.
Para que fiquemos sempre juntos, diz a prece. Vocês tão longe...
Como gostaria de repartir este prato com vocês, tê-los                  comigo à mesa, meus amigos!
Vou até o coração em busca de um conforto. 
Uma lágrima me faz companhia, não me deixa só.
Logo mais a agonia cessará, todas as portas se abrirão, 
uma luz intensa abrigará este ser e o conduzirá a um espaço pleno de vida, onde a sede e a fome serão eternamente saciadas.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

O agora é vivo, é vital...

Tudo é transparente quando se vive o agora.
O caminhar é mais compassado, uma pisada de cada vez, em câmara lenta.
O respirar é suave, o oxigênio tem sabor.
No agora as cores são mais vivas, você é a paisagem, tudo se completa.
O agora é vivo, é vital...

Tudo é alegria, nada mais...

Não é preciso saber viver, é preciso viver na totalidade.
Isto é consciência...
Cada instante é uma explosão de vida, uma explosão de risos, uma veneração.
Viver é muito simples quando não se está na mente, nas redes da inconsciência.
Tudo é alegria, nada mais...

domingo, 1 de janeiro de 2012

Sua presença...

Um sorriso, brotou do meu rosto.
Meu convidado acaba de chegar.
Sua presença, noto logo.
Um riso, uma paz, felicidade...
É o que Ele me traz.


Tua morada...

A doçura do Teu alimento é meu almoço.
Um prato branco, um garfo, uma faca...
A toalha cobre a mesa, o Teu altar.
Agradeço Senhor por mais esta refeição.
Presente Teu, presente no meu corpo,
Tua morada.

A voz de Osho...

A voz de Osho se espalha no ar.
Ouço, sinto, cada folha, a gota de orvalho, os pássaros, as pedras, vibram com a Sua voz.
Estou em casa, uma só harmonia...
A criação, o criador, um só .
A expressão em cada rosto destas criaturas vestidas de marrom, seus convidados.
Os corações chegam mais perto, em prece Te encontro.

Teus olhos...

Estes tapinhas que você me dá, sempre termina num beijo bem quente, bem terno.
Um abraço vem logo depois, nos perdemos.
O encontro vem, quando o abraço se vai e mergulho nos teus olhos.


Árvore amiga...

As árvores me ensinaram muito, sempre que abri as portas ao seu silêncio e me entreguei ao carinho de sua sombra.
Quantas vezes cansado fui ao seu encontro, me deitei, deixei que o corpo em comunhão encontrasse o repouso, não conto.
Árvore amiga, você  um dia me recebeu exausto, depois de uma longa caminhada, braços abertos,                  folhagem densa.
Ainda bebi com as mãos em concha da água cristalina, pura, que corria fresca, ali do lado do seu tronco.