sábado, 9 de julho de 2011

Ser Livre...

O pensamento vai abrindo espaços e me levando ao coração para sentir mais em volta, mergulhar mais fundo, sair da superficialidade.
Entregou o momento ao coração a mente se acalma, se afasta, desaparece, se entrega.
Uma paz é o caminho para o Ser, um espaço mais amplo, sem dimensão, puro, silencioso, o próprio silêncio.
Ser Livre passa por uma coisa assim, sem sentido, à parte do que comumente chamamos vida...

Eu e Você...

Tantas canções, sinfonia sem fim, um mundo meu, um mundo teu, coroados pela partitura que fala em notas musicais do amor que costura a união e transforma num só sentir o que brota de nós dois.
É paixão? Não sei.
Não vivo sem você, sua respiração traz o oxigênio vital de que preciso. Não vives sem mim, o teu olhar no meu me diz.
O que será? Não há porque saber, é só sentir.
Eu e você...

Alquimia...

Sinto que estou sozinho no mundo,
                ninguém mais mergulhará
                            neste espaço que me encontro.

Sei também que há  em você um mundo só
               teu, gostarias que eu estivesse
                             também.

Impossível um encontro, às vezes sinto
              que somente o coração pode fazer
                                  esta viagem, esta alquimia...

Um pouco de mim...

Desde cedo costumo abrir os braços em direção ao sol, à lua, às estrelas, a estes seres tão pouco percebidos e que todo tempo estão aí a nos saudar, nos dar um bom dia, nos desejar uma noite calma, nos distrair. E a vida vai passando tão rápido que nesta corrida desenfreada sobra muito pouco para agradecer.

***

É bom ter você por perto, conversar um pouco, me entregar, abrir minhas feridas. É bom quando você me ouve e me diz alguma coisa, me conforta, me embala. Aí um suavizar embebe meu ser e me diz que não estou só.

***

Me encanto com as águas correndo sobre as pedras. Um matinho verde surgindo ali às margens do pequeno riacho dá um colorido a este coração endurecido e ele se desmancha, esquece as adversidades da vida, silencia, se integra. Neste espaço tudo é sem sentido, um sentido maior absorve tudo e tudo é.


Liberdade animal... Pretinha e Moreno.

Pretinha
Moreno, filho de pretinha - nascido em 2011, tem quatro meses.

Frio e neblina na Serra de São Pedro em pleno mês de julho.

Praça Padre Augusto ou Praça da Matriz, já chegando oito horas da manhã. Pessoas admiradas, os mais velhos surpresos: - nunca vimos uma manhã assim em pleno mês de julho. À noite chuveu bastante, fato raro por esta época do ano.
Visual da varanda da minha casa. Todo espaço tomado pelo nevoeiro. Passava das sete horas da manhã.
Lateral da praça da Matriz. O frio não intimidou o amigo que aproveitou para levar o leite para o café da manhã.
Hoje Caririaçu amanheceu assim, esta foto aconteceu passava das oito horas da manhã. Um frio!

sexta-feira, 8 de julho de 2011

É nesta casa que encontro a minha paz...

Nesta casa faço pousada,
me dissolvo na beleza
do ser simples.
Me recebes com um sorriso,
um abraço e carinhos, sentados
os dois, ali no sofá.
Nesta casa o cheiro da comida
na panela se espalha todo,
aí provo dos cuidados que
você tem comigo.
Você vem, passa o pano na mesa,
me dá um beijo, nossas
mãos se encontram.
É nesta casa que encontro
a minha paz.

Liberdade animal... Ponta Grossa.

Ponta Grossa, exemplar adquirido pelo meu pai na EXPOCRATO. Faz parte do projeto Liberdade animal.

Caminho livre...

Caminho livre, o pássaro conhece,
pleno de emoções.
Ornado com flores silvestres,
pendem dos arbustos, tocam o solo.
Areia fina, leve ao vento, açoitando
as flores em ramos, em buquês.
Quatro rastros caminhando lado a lado,
de mãos dadas, sem pressa
de chegar.

Broto verde...

Broto verde surgindo no meio da
folhagem, tanta coragem!
Tantas esperanças!
Broto verde, inocente, frágil,
desafiando o vento, a tempestade.
Broto pulsando num ramo quase seco,
desnudo, fruto das intempéries,
dos maus tratos.
Broto verde, vivo, no teu coração,
entregue aos teus cuidados,
carinho de mulher, pureza
de criança.

Sob as macaubeiras do engenho...

Daqui das macaubeiras do engenho eu
via passar os burros carregados de
canas, arrumadas uma a uma
sobre os cambitos.
Cantando em aboios saudosos, os cambiteiros
conduziam os animais e suas cargas
pela passagem estreita do
engenho e alí se arrumavam em
fila, aguardando a vez de por
sua carga abaixo.
Das macaubeiras do engenho eu observava
a densa fumaça que brotava da
chaminé da fornalha.
Nuvens se formando, dando asas à
imaginação daquela criança,
ali, sentada, sob as
macaubeiras do engenho...

Uum cafezinho e dois dedos de prosa...

É tardinha, me recolho na cadeira
               de balanço na larga varanda da
                              casa de meu pai.

Fico a olhar quem passa na rua,
              de vez em quando um aceno, um
                             cumprimento mais demorado...

Alguns chegam mais perto, interrompem
              a caminhada, um convite pra
                            entrar, um cafezinho e dois
              dedos de prosa.

Liberdade animal... Bonito.

Bonito, filho de Ponta Fina nasceu em 2010. Ao fundo parte da pastagem onde eles se alimentam, ao redor do açude. É um lugar muito agradável.

Liberdade animal... ela merece.

Luz é filha de Ponta Grossa. Nasceu em 2010, vai ficar no Flor por muito tempo pastando em volta do açude. Ela merece.

Canções do coração...

Distraído deixo-me levar,
           me diluo no espaço de mim
                      mesmo.
Rio que corre sereno, na paz da manhã
           que nasce pra mim.
                         * * *
Somos um, nem somos, a existência
          se faz presente no que se vê, se sente
                    e no que é, sua expressão.

                        * * *

Tomei tuas mãos, estavam quentes,
            me passou pelo peito um conforto,
                        o prazer de está  ali bebendo
            o frescor do momento e da
                        tua presença.

Saborear cada instante...

Tempo de viver um novo dia,
              me descobrir sorrindo, me
                            contemplar amando.

 Soltar todas as amarras,
             me envolver no desconhecido,
                                                      saborear cada instante.

Sei o quanto a vida já me deu...

Sei o quanto a vida já me deu, o coração
            cheio é a medida.

Agradecido ri, uma lágrima dá partida,
            se perde no meio do caminho, os olhos
                        esperam, um profundo suspirar e
            tudo me chega, me preenche.

A sede não é tanta, o caminho é um prazeroso
            passeio, descanso
                        à sua margem sob o umbuzeiro.

Sombra me tendo, me contendo, cicatrizando as dores
            do caminhar apressado que ficou pra trás.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Liberdade animal... Lavandeira.

Esta vaca deitada é a Lavandeira, foi adquirida pelo meu pai na EXPOCRATO, alguns anos atras.

Liberdade animal... fotos, mais uma... do meio.

Cambraia, nome do conhecimento de Zé Gomes. Esta menina moça foi injeitada, ou seja, sua mãe morreu quando ela nasceu. Ela foi alimentada através de mamadeira. Tem um pouco mais de um ano de vida. É uma novilha muito bonita. Ficou assustada com a foto e levantou um pouco as orelhas.

Liberdade animal... fotos, a mais nova.


Esta coisinha linda é a Lua, nascida no Sítio Flor este ano, tem quatro meses. É filha de uma vaca do mesmo projeto de nome Ponta Fina. Ontem, dia 06/07/2011, passamos parte da tarde dando nome à turma mais nova e fazendo o registro dos animais do projeto Liberdade Animal. Presentes eu, a Cícera, Zé Gomes (o tratador), Nathalia, Rhana e Herick. O curral estava em festa. Os animais calmos, circulando, sentindo com alegria a dádiva que estavam recebendo. Muitos anos de vida para você minha adorada Lua.


Liberdade animal... fotos.

Esta é a vaca Miuda, a mais velha do projeto Liberdade Animal. Ela é descendente de animais pertencentes à minha avó, mãe do meu pai. Tem um pouco mais de vinte anos, não se reproduz mais. Seu olhar mostra as passagens dela pelas terras do Sitio Flor, pastagem fresca nesta época e seca nos tempos de verão. Ela está cansada, o tempo de vida talvez esteja lhe maltratando. Saúde minha Miuda, tem um ser divino cuidando de você.

Liberdade animal, está acontecendo...

               Meu pai deixou o corpo no dia 25 de março de 2011, aos noventa e quatro anos. Foi um grande pecuarista, gostava muito de criar gado e vivia deste trabalho. Participou ativamente da EXPOCRATO, por mais de cinquenta anos, levando animais de qualidade, da raça gir, fruto de uma seleção cuidadosa que fazia utilizando até inseminação artificial. Foi muito premiado nos concursos realizados nas exposições agropecuárias do Estado do Ceará. Ainda em vida, quando não mais administrava sua criação, os animais foram divididos entre os filhos, a seleção vendida para pecuaristas da região do Cariri, ficando 14 animais de origem leiteira para minha mãe, Dona Alzira, que gostava muito de vender leite na porta de sua casa, todas as manhãs, para seus costumeiros fregueses. Minha mãe agora está com noventa e um anos de idade e não mais se interessa pela venda do leite
               Algum tempo depois da morte de meu pai, conversando por telefone com minha filha Laelia, que mora em Brasília e é vegetariana – vegana – ou seja, que se preocupa com os animais, evitando o seu sofrimento, expressou sua preocupação com o gado deixado pelo meu pai.
- Faça todo possível para ficar com os animais e deixa-los aí no sítio até o final de suas vidas, me falou minha filha. Eu não sabia o que dizer e falei pra ela que o normal seria vendê-los e depositar o dinheiro na conta da minha mãe.
- Não pai, por favor, não faça isto, se for assim eu compro os animais, me respondeu. Falava chorando, se condoendo com o futuro incerto destes bichinos, principalmente com a possibilidade dos mesmos serem levados para o abate ou serem submetidos a qualquer forma de sofrimento. Ela tem uma tia, minha irmã Cícera, que também é vegana e me apressei em falar com ela que se mostrou entusiasmada com a ideia e logo sugeriu deixar os animais no sítio e as despesas com a manutenção dos mesmos fosse de responsabilidade das duas. Não haveria necessidade de comprar os animais. Ai nasceu o projeto Liberdade Animal que começa com 14 cabeças de gado, animais estes que ficarão pastando no Sitio Flor em Caririaçu, Ceará, Brasil, até o último dia de suas vidas, recebendo alimentação e assistência veterinária. Apresento para vocês, leitores do blog Ser Livre, cada animal deste projeto. Fico feliz por ter uma filha e uma irmã com tanta nobreza em seus corações e mais feliz ainda pelo destino destes animais. Ficarei responsável por conduzir este trabalho e conto com a ajuda de uma pessoa que trabalhou a vida toda com o meu pai, o senhor José Gomes, que tudo vai fazer para cultivar e manter o pasto necessário para a alimentação do rebanho.

Se recolhe, triste.

As folhas sacudidas pelo vento,
            dançam.

 Infinitas asas convidando a árvore
            a alçar voo.

 As raízes, presas ao solo,
            não deixam.

 É outono,
            a árvore solta suas folhas
                        num voo derradeiro.

 Se recolhe, triste.

A cajarana só olha.

Um juazeiro verdinho,
            folhas recém-brotadas
                        dançam ao vento.

Cá fora, a terra seca.

Lá dentro, bem lá no fundo,
            a água do inverno passado
                       banha suas raízes.

A cajarana seca, do lado,
            só olha.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Ser Livre...

O pensamento vai abrindo espaços e me levando ao coração para sentir mais em volta, mergulhar mais fundo, sair da superficialidade.
Entregando o momento ao coração, a mente se acalma, se afasta, desaparece, se entrega.
Uma paz é o caminho para o Ser, um espaço mais amplo, sem dimensão, puro, silencioso, o próprio silêncio.
Ser Livre passa por uma coisa assim, sem sentido, à parte do que comumente chamamos vida.

Seguimos solitários... sinta a fonte...

               Seguimos solitários... E isto dói... Estamos todos unidos, de mãos dadas, não sabemos, inconscientes seguimos solitários. Por não se ligar no outro, passamos distantes da fonte maior, nos perdemos. Uma religação é nescessária, impossível continuar desconectados.
               A fonte está aí, te envolve, permeia todo espaço, ocupa todas as frestas.
               Respire fundo!
               Mais uma vez, bem suave, o ar entra, o ar sai, toca suavemente as narinas, suavemente...
              Os olhos vão aos poucos se fechando... Suavemente... suavemente...
Sinta... sinta... a fonte...a fonte... a fonte...

Bom dia!!!

               Estava ali deitado na minha cama, debaixo dos lençóis, quentinho. Meu coração refletia um momento de muita paz, quentinho também. Viagei por cada cantinho dos meus sentimentos e passei por um espaço que não estava bem. O espaço dos relacionamentos. Percebi que havia alguma coisa em dissonância. Olhei um pouco mais fundo, queria saber mais, e pude ver que em algum momento de minha vida, ou quem sabe, em vários momentos de minha passagem por este planeta, desde as onze horas e trinta minutos do dia 12 de novembro de 1943, vivendo entre as pessoas, convivendo com cada ser humano, devo ter magoado mais de uma centena delas (quem pode avaliar este número?). Bem, o certo é que cometi este delito e isto me dói. E quero sarar esta dor.
               A internet, através deste blog, me dá a oportunidade de pedir perdão de forma global, sem um endereço certo, porque infelizmente não posso identificar a quem magoei, simplesmente porque a gente muitas vezes o faz sem saber que está fazendo. A interpretação do outro é o que conta porque o rastro da mágoa fica registrado em seu coração e deve está causando uma ferida em seu ser e isto não é bom. Tenho certeza que se a pessoa abre seu coração ao perdão este rastro desaparece e a ferida com certeza vai sarar. E nós temos de fazer tudo neste mundo para viver de forma saudável, uma vida sã.
               Portanto, meu BOM DIA  hoje é para você a quem inconscientemente magoei. O meu coração cheio de amor me pede para humildemente te dar as mãos e carinhsamente massagear o teu, abrindo espaço para uma vida plena de paz e que esta mágoa seja banhada pela alegria de uma união plena comigo, com você e com a vida.
               A Existência cuidará para que a harmonia maior cante um hino de amor em nossa direção e nos cure todas as feridas. Minha alegria é saber que com vocês todos que me estenderam a mão, me direcionaram o olhar, passaram do meu lado, me dirigiram a palavra, conviveram comigo, vivo agora a realização de um ser feliz, perdoado pela bondade que com certeza habita cada um de vocês. 
               Ia esquecendo de pedir perdão a mim mesmo, esta pessoa que convive comigo vinte e quatro horas por dia.

B O M   D I A !  

domingo, 3 de julho de 2011

O encontro no encanto de nós dois...

Queria poder te ter por completo, inteira, e me dar a você sem qualquer senão. Um encontro assim seria para mim o motivo maior do meu viver e para você o experienciar o sabor da vida. Juntinhos vamos palmilhando cada degrau em direção ao topo. Lá em cima um novo horizonte vai nos acolher e todo firmamento será o nosso teto. De mãos dadas, sentindo uma presença maior a nos proteger, vamos celebrar o encontro no encanto de nós dois...

É tempo de semear...

É tempo de semear. Em cada vaso
            um pouco de terra úmida
                        e o presente que o fruto
            me deu.

Broto rompendo o solo, duas
            minúsculas folhas, talo verde como
                        sustento.

Vida vicejando,
            criando ramos, galhos, expandindo,
                        uma árvore chegando, sendo.

Em cada um de nós há uma
            semente assim.

Você se despiu de mais uma folha...

Você  se despiu de mais uma folha,
               eu vi.

Mangueira, minha amiga,
              ramos caídos, pesados,
                            frutos aos montes,
              alguns maduros, queres me dar.

Me chego, te sinto, me sinto,
             bem perto, juntinhos,
                           a vida nos une,
             mangueira amiga,
                           uma folha caída de mim,
             vais notar.

Será uma figueira?

Uma árvore, enorme...
            Será uma figueira?

Uma sombra repousante flui
            de sua densa folhagem.

Vem, vem, vem... chega até  aqui...
            não queres te deitar?

Tão poucos aqui repousam...
            O que esperas?

Pareces ocupado com alguma coisa!
            Vem... mais uma vez, vem...
                        te convido, vem...

Oh! Que pena...