sexta-feira, 17 de junho de 2011

Se Toque...

          Compartilho com vocês três toques.

* Cada palavra se desmancha.
               Cada dor, cada alegria segue junto.

 * Sorriso, é uma coisa que brota.

 * A manhã, o amanhecer,
               em cada um, um mistério.

Deixando que a vida me leve...

Vou assim, deixando que a vida
          me leve.
A viagem é de surpresas,
          um passeio na corda bamba.
Os pássaros cantam ali no cerrado,
          alegres com o sol, com o dia que
                    chega bem claro.
Céu azul, limpo, véu de nuvens se
          desmanchando lá no alto, sumindo
                    aos poucos, como o canto
          dos pássaros que se foram.

Difícil é, impossível não...

Acima de tudo cuidar para que as coisas dêem certo, alinhadas com a sua vontade.
          Que é difícil, é. Impossível, não.
Aceitar, é a atitude correta.
          Que é difícil, é. Impossível, não.

Despertar junto...

          Despertar junto com o amanhecer, dia nascendo em mim, alvorecer com os reinos da natureza que me convidam a existir em comunhão, integrados.
          Nos afastamos muito, nos separamos e daí o sofrimento brota, sem qualquer compaixão e se torna "natural", coisas da vida.
          Não quero viver assim, faço uma respiração profunda e lá estou eu de volta ao ser original, alegre, sorridente, de portas abertas ao viver.

Sombras do medo...

                             Estava assustado, não sabia o que fazer. Agora mesmo senti um calafrio, um arrepio, um medo devastador. Parei e fiquei observando, alerta, olhando o medo de frente, não estava em mim.
               Não seria uma miragem?
              Algo fortalecido e dono de um poder transformador se apoderou de mim e colocou o medo no seu devido lugar, subordinado às minhas determinações, fonte de coragem se manifestando como algo natural, vivo.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Descubro a luz de olhos fechados...

               Descubro no sentir uma nova forma de viver - mais viva, mais próxima de mim mesmo. Sentir a dor sem reclamar, a alegria sem sorrir, a luz de olhos fechados.

O outro não deu certo...

                     Depois de um dia de cansaço me deito e me entrego ao sono que vem depressa e se apodera do corpo frágil, que agradece. Estava exausto!
              É bom quando a gente cuida do corpo, descansa a mente e tudo faz para viver melhor, feliz, em paz. É um mundo novo que estamos construindo, de pessoas saudáveis.
              O outro não deu certo!

Impaciência, o tom do momento...

                               Impaciência, é o tom do momento, desafinado. Na pressa perco o eontrole e não me dou conta do estado que me encontro. Dá tudo errado. Retomar a calma nem pensar, me desespero. Tudo acontecendo junto e o jeito é gritar, fugir, sair correndo, coisas de louco.
               Será que só acontece comigo?

Diante do fracasso...

                            Diante do fracasso levantei a cabeça, suspirei, dei meia volta e vislumbrei um espaço novo, cheio de esperanças. Alguma coisa sacudia dentro de mim uma vontade de vencer, de conquistar, de se aventurar.
              É bom quando o vencer obstáculos, a determinação, brotam naturalmente como resposta a um estado doentio de fracasso, de desilusão. O espaço interior se refaz, se reconecta.

Na feira tem de tudo...

                   Fui outro dia a uma feira, gosto de andar pela feira. Na minha cidade agora é diária, de segunda a sábado, movida pelo capital de giro dos aposentados, beneficiários do bolsa escola, bolsa família e funcionários municípais. As bancas são daquelas tradicionais, cobertas com uma lona e de tudo você encontra, é o nosso shopping. Ponto de encontro, conversa fiada e tem de tudo desde fumo de rolo até enxada, roçadeira, roupas em geral, frutas e verduras, mantimentos até pinicos.
                   Pois não é que ontem conversei ao vivo com uma amiga que comumente só nos encontramos ONLAINE, no FEICEBUQUE?

quarta-feira, 15 de junho de 2011

O quanto a vida me dá...

É vida, esta que vem com o
             orvalho da manhã.
A folha da grama mostra, são gotas
             pequeninas, pérolas brotadas do mais
                              profundo ser.
Me dou conta agora do quanto
            a vida me dá.
São tantas as manhãs, é só me acordar
            e num sorriso deixar que
                              tudo aconteça, me levando
            sempre em novas descobertas.
Você é mais uma pérola, uma menina
            linda, um cálice de alegria
                             que a vida me traz sorrindo.

Encanto...

Deixa-me abrir os braços
            em tua direção.
Deixa que as minhas mãos
            se entrelacem nas tuas mãos.
Deixa-me doar, cantar em
            celebração e lá no fundo
                        encontrar sorrindo
                  o teu coração.

Junto de você...

É uma manhã bem clara, banhada                 
                            pela pureza do teu sorriso.
É uma tarde alegre, envolvida
                           nas brumas das tuas emoções.
É noite, brisa me levando prá
                           junto de você.
Descanso e me embriago no gesto
                           carinhoso do teu ser.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Meu corpo, com amor te cuido...

Meu corpo, com amor te cuido.
             Danço, espalho você no ar, em
                           harmonia me entrego.
Quando canso meu corpo no dia-a-dia,
             me deito, respiro fundo, vou
                           até a barriga, percebo que
             ele agradece.
Quero ter uma relação assim com
             você meu corpo! Observar melhor
                          o que te dou, como te dou.
Viver com você meu corpo, experimentar
            cada momento, mergulhar nas emoções,
                          sentir por onde elas viajam
            através de você .
Obrigado meu corpo! agora sei que em
            você está enraizado um ser masculino,
                          um ser feminino, que se amam.

Pai, amigo, companheiro...

Tempo de ficar com vocês,
            cuidando.
Tempo de saborear
            cada segundo juntos.
Ficar com a Clivia,
            conhecer seus planos,
                        abrir espaços à esperança de uma
            jovem viva que há  em você .
Cuidar da Laelia, flor desabrochando
            prá  vida, descobrindo seu caminho,
                        sua carreira, dar um apoio
            de coração e presença.
Entrar nos ideais escondidos no coração
            do Bruno, acompanhá -lo nos primeiros
                        passos da vida sentimental,
            ver brotar suas paixões. Me divertir
                        com suas brincadeiras, sorrir.
Ser um colo, um aconchego prá  Meera na
            hora do descanso e quando o sono
                        chega. Brincar com o ursinho
            grande, o médio, o bilinho, contar
                        histórias. Deixar nascer e crescer
            a criança aqui adormecida
                        que você  me mostra.
Enfim, ser eu mesmo sendo pai, amigo,
            companheiro, aberto prá  vida, que cada
                        dia me chega mais vibrante e bela.

Topo de colina e vale...

                                  A vida é cheia de altos e baixos, topo da colina e vale. Descer é mais fácil que subir e é muito cômodo permanecer na planície. Nenhum esforço, simplesmente se acomodar, se ajeitar. É quase impossível fazer do cume a morada definitiva, é muito instável, não há como se equilibrar, é assustador.
               Mais fácil é descer de ladeira abaixo e viver uma vida comum, num cantinho qualquer, sem nenhum esforço.

Tome um chá! Relaxe!

                          Esperar o imprevisível é muito desconfortável e a muitos aterroriza, nem pensar. Tudo certo, pontilhado, obedecendo rigorosamente a agenda traçada. Acompanhar cada detalhe, cuidar para que tudo dê certo, deslizes, nem pensar.
              Esta é a vida de muita gente boa, impecável viver.
               Tome um chá! Relaxe!

Viver assim me assusta...

                    Vivo porque a vida me quer vivo. Há um complô armado, uma determinação, vinda não sei de onde, me querendo vivo. E daí? O que fazer? Não sei. Só deixando acontecer para ver como é que fica. Aí tenho medo, me escondo, procuro um lugar seguro para viver. Será que isto vai dar certo? São tantas as interrogações que viver assim me assusta, tremo.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Lua, minha neta...

          Você me pede tão pouco, quase nada, nem pede, apenas me olha e eu entendo. É a Lua, minha cachorrinha, aqui, encostada nos meus pés. Cochila o tempo todo, se me levanto sua cauda mexe, levanta a cabeça e aguarda. Espera uma atitude minha. Vou à cozinha, me segue, sempre solidária. Minha Lua é assim, companheira fiel, de todo momento, está comigo em cada passo que dou.
         Com muito cuidado, silenciosamente, me levantei, pé ante pé e fiz esta foto. Compartilho com você. Na realidade a Lua é uma neta que está passando um tempo comigo.
              

Mergulho profundo...

         O futuro incerto de cada um, um distrair-se constante por mares do passado, águas turvas, sem vida.
      Uma sintonia no agora e tudo se revelaria, pleno de prazer, de beatitude, oceano de paz, sem fim.

Negócio de Banco.

          Seu Pedro era um senhor muito correto em tudo na vida. Homem de palavra e de pouca conversa, só o essencial. Era muito trabalhador, proprietário de boas terras à beira de um rio, onde mantinha lavouras e pasto farto para o seu rebanho. Tudo adquirido e mantido com o suor do seu rosto. Dinheiro para as despesas só quando vendia a produção ou quando negociava umas cabeças de gado. Nunca procurou ajuda financeira de qualquer natureza.
         Morava numa casa grande, frente sombreada por uma árvore enorme, galhos cobrindo parte do telhado. Lugar preferido para seu descanso após o almoço, onde costumava deitar-se sobre um banco largo feito de timbauba. Era um sono só, reparador.
         Certo dia, ao acordar do seu descanso, chega à sua morada um jovem rapaz muito bem arrumado, com uma pasta pendurada numa das mãos e o cumprimentou.
         - Boa tarde Seu Pedro!
         - Boa tarde, se chegue mais perto, vamos sentar, tomar um café, falou Seu Pedro.
        O rapaz perguntou como iam os negócios, o que esperava do inverno, como estava a família e por fim falou do motivo de sua visita. Era funcionário do Banco e estava ali para oferecer para os agricultores daquela localidade empréstimos agrícolas com inúmeras vantagens. Se esmerou na conversa e de tudo fez para que Seu Pedro assinasse a proposta de crédito. Falou ainda por um bom tempo e quando não tinha mais o que dizer, ouviu do Seu Pedro:
         Moço, você está vendo este banco? Todo dia me deito em cima dele e tiro um cochilo. Quando acordo, o corpo está todo dolorido. Imagine o senhor com um banco todo dia em cima de mim!
       

        

domingo, 12 de junho de 2011

O viver feliz...

          Expressão derradeira do sentir, primeira do viver. Sol nascendo dentro de mim, iluminando a alma, despertando cada célula do meu corpo, sua vestimenta.
      Nascer a cada dia, renascer, deixar acontecer o viver feliz...

Cicatrizar feridas...

          Apalpar a dor carinhosamente, cicatrizar as feridas, cuidar de mim, me sentir.
      O sorriso brota suavemente, dizendo do prazer que vem ficar comigo, me ter.
      É hora de se abrir espaço à cura do corpo e da alma, alegria contemplando um espaço novo, fértil.
         

Ser perfeito...

          Ser perfeito é o sonho de cada um, seu destino, busca incansável dos aprendizes da vida.
    Ser um Buda, despir-se de todas as amarras, deixar acontecer.
    Abre-se uma porta no respirar profundo, no agora, máscaras caindo, me deixando nu.

Distante do cotidiano caseiro...

Pela proliferação de restaurantes e lanchonetes em Brasília, tanto no comércio local das superquadras, quanto nos shoppings, desconfio que os moradores da cidade não gostam de cozinhar em casa. Os restaurantes sempre lotados, mesmo durante a semana. É um problema encontrar vaga para os automóveis nas proximidades dos  mesmos e no horário do meio dia é comum a disputa por mesas nas praças de alimentação dos shoppings. Você tem de marcar uma mesa com qualquer objeto ou andar de bandeja na mão a procura de um assento. Determinados restaurantes têm até cartões promocionais, a cada dez refeições, uma de graça.
            Comer num restaurante em Juazeiro ou Crato é para mim e minha família um dia especial, um motivo de comemoração. É tão bom sentar-se à mesa do cotidiano caseiro e se deliciar com um prato de arroz com feijão, salada e tudo que o seu paladar aprecia!

No Ceará num tem disso não...

Estava fazendo minha refeição na praça de alimentação de um shopping de Brasília e na mesa do lado estavam duas senhoras conversando, entre as garfadas de um delicioso prato. “Ela é grossa, trata mal as pessoas, não sabe se dirigir aos subordinados”, disse uma delas. Pensei que estivessem “tesourando” uma colega de trabalho, pessoa comum, quando a outra falou: “ela é suplente e está ocupando a cadeira deixada pelo senador que assumiu um cargo importante num ministério do governo Dilma”.
           Êta mundão enganoso! Assim é Brasília, no Ceará num tem disso não.

Sigo à deriva...

O mundo dá tantas voltas! E volta e meia nos passa uma rasteira. Parece que tudo corre bem mas quando menos se espera a corda se rompe e o balde entorna. Está acontecendo comigo agora. Num segundo minha vida caiu num abismo e a terra me faltou nos pés.  O que fazer? Como fazer? Por onde começar? Não sei e aí sigo à deriva, entregue à vontade das águas. A correnteza me levará ao destino final. Aonde? Não sei.