sexta-feira, 23 de março de 2012

Mas, aqui para nós, não estou satisfeito não...

Sou assim, me disseram que eu era assim.
Acreditei, e faço deste assim a minha vida.
Vida?
Sim. Continuam me dizendo que a vida é assim mesmo.
Continuo acreditando, junto com os outros.
Me disseram que todo mundo é assim.
E termino acreditando que seja assim mesmo, se é o que vejo em volta de mim!
Mas, aqui para nós, não estou satisfeito não...

terça-feira, 13 de março de 2012

O novo não está mais aqui...

          Com os cabelos já grisalhos, o corpo mostra as alterações próprias do desgaste do tempo. É preciso uma compreensão muito grande por parte de quem chega a galgar o patamar nos sessenta anos de idade. Entender que os sinais dos tempos vividos vão se incorporando e limitando os passos na caminhada apressada que deve ficar para trás. 
          As visitas preventivas aos médicos, aos especialistas da saúde e a utilização dos recursos disponíveis a uma vida mais saudável devem ocorrer com mais freqüência. Devemos até fazer uma boa amizade com estes profissionais. Isto é qualidade de vida e está disponível, embora que para a maior parte da população seja uma busca de grande sofrimento. Filas cansativas e maçadas no atendimento são uma limitação a uma maturidade mais saudável.
          Se você pode se cuidar e aí incluo também exercícios físicos acompanhados por profisionais competentes, rotinas semanais nas academias, caminhadas etc. o faça, para o seu próprio bem, porque é natural que o corpo vá aos poucos se cansando e a manutenção da saúde depende, principalmente, de uma atitude preventiva, mais do que curativa.
          Fico feliz que esta compreensão tenha se incorporado à minha vida porque, só assim, posso atravessar a caminhada derradeira em paz com meu corpo, amigo das mudanças que aos poucos vão chegando e deixando marcas indeléveis, próprias dos anos vividos. Viver mais passa por um entendimento profundo e uma grande aceitação de que o novo não está mais aqui.

sábado, 3 de março de 2012

Um viver mais sábio...

Me surpreendo cada vez mais com o ser humano. A gente vai amadurecendo e graças às determinações divinas, à corrente viva do existir, vamos abrindo o coração à compreensão do outro, daquela pessoa que está do nosso lado. A mente muitas vezes assume o papel de juiz e vai, mesmo sem o nosso consentimento, se esmerando em julgamentos nem sempre justos. É bom se dar conta disto e abrir espaço à aceitação do outro como ele é. Parece muito difícil agir assim, mas o caminho da perfeição nos leva a dar um passo decisivo nesta direção. Às vezes é desconfortante, desajeitado, difícil mesmo agir assim. A arrogância, que mora bem do lado, muitas vezes toma a frente e destrói tudo, distorce as coisas e passa a perna na humildade que se apaga e tudo acontece exatamente ao contrário.
Vejo isto acontecer diariamente e as relações humanas vão perdendo o brilho por atitudes tão sem sentido, simplesmente pela falta de atenção que se deveria dar as atitudes do coração, deixando à mente o seu papel de pensar num viver mais sábio.

Um só ser é o que somos...

A cada dia chego mais perto de mim mesmo e algo suave me diz o que sou. A calma é minha natureza mesmo quando a turbulência faz o seu estrago. Sorrio de contentamento porque sei que a minha natureza não é o que eu pensava ser. Gargalhadas de satisfação me apresenta ao mundo como um ser especial, assim como todoas vocês o são. Espalmo minhas mãos em direção a todos os amigos e sinto a leveza do estar juntos. Um só ser é o que somos.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

A ternura do que somos...

A ternura do que sou é muito suave, uma paz sem limites.
Jorra incessantemente, pura, cristalina.
Te dou as mãos, a ternura amacia o toque, chega a teu coração e nos faz unos.
Na ternura do que somos nos confundimos um com o outro, desaparecemos por completo, apenas o amor se faz sentir.

O silêncio em mim...

O silêncio em mim é uma companhia inseparável. É aconchegante, transborda e me mostra a essência do que sou.
No silêncio do que sou, não existo. Apenas o silêncio é.
O ar entra calmamente, esvazia-se sem deixar pegadas, o silêncio permanece, intocado, vivo...