sábado, 28 de abril de 2012

Sobras, sou e não sou...

Sobras de mim, vejo num canto.
Sobras da vida, dos encantos e desencantos, vejo ali no chão.
Sobras de tudo que tive que contornar, deixar passar, assumindo um viver conveniente.
Sobras de mim, vejo que sou eu, um eu menor, mesquinho talvez.
Sobras de um tempo vivido, mal vivido, quem sabe?
Sobras, sou e não sou...

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Gosto do meu Mestre, algo em mim aprecia suas palavras...

               Gosto do meu Mestre, algo em mim aprecia suas palavras, bebe de Sua essência. Compartilho com você, leitor do Ser Livre, um texto de um de seus livros, Pepitas de Ouro (2). É um presente para você que chegou até aqui. Veja!
               "Uma das leis básicas da vida é que tudo o que é mais elevado é muito vulnerável. As raízes de uma árvore são muito fortes, mas as flores não são. As flores são muito vulneráveis - simplesmente uma brisa forte e a flor pode ser destruída.
               O mesmo é verdadeiro a respeito da consciência humana. O ódio é muito forte, mas não o amor. O amor é exatamente como uma flor - facilmente esmagada por qualquer pedra, destruída por qualquer animal.
              Os valores mais elevados da vida devem ser protegidos.
              Os valores mais baixos têm uma certa proteção própria.
              Uma pedra não precisa ser protegida, mas, bem a seu lado, a rosa na roseira tem que ser protegida. A pedra é morta, não pode tornar-se mais morta. Ela não precisa de proteção.
              Mas a rosa é tão viva, tão linda, tão colorida, tão atraente. Esse é o perigo - é a sua força, mas é também um convite ao perigo. Alguém pode colhê-la. Ninguém apanhará a pedra, mas a rosa pode ser colhida." Osho, Pepitas de Ouro (2).
                     O

O que sobra, é você...

          Osho é o Mestre do experimentar. Toda Sua indicação é no sentido de despertar mais e mais a consciência, observar, estar sempre atento. Às vezes parece muito duro observar o nosso comportamento, nossos pensamentos, os sentimentos. Dói muito, quase sempre.
          No observar, com uma atitude consciente, o que é falso desaparece.. Você procura o que estava te incomodando e não vê mais. No lugar, um vazio, um sentimento de paz. O simples fato de observar, prestar atenção, faz com que a negatividade desapareça. Se desaparece, você não é a negatividade.
          O que sobra, é você...

Sua essência é muito simples...

          Escrever seja lá o que for, escrever...
                 Deixar sair as palavras, os dedos vão tocando as teclas, aperto-as e deixo à deriva o que possa ser registrado na telinha.   Tenho uma folha virtual, é toda minha, branquinha, pronta para ser preenchida. Vou para o coração, um sorriso brota, vem de uma alegria que está ali, adormecida, calma, fonte de puro prazer. A alegria se transforma num sorriso, deixo sair, é para você.
           Sei que agora, as letrinhas que se transformaram em palavras, é um sentimento dentro do seu coração.
                  Para cada um que lê as palavras sei que o sentimento é único, pode até ser um sorriso também, mas de sabor diferente. É bom saber dos sabores de cada um e viver a alegria de só Ser.
           Neste instante você está conectado com o seu Ser, tenho certeza. Cuide bem dele, expresse-O sempre que tomar consciência d'Ele. Ele é você, sua essência.
                   Sua essência é muito simples...

sábado, 21 de abril de 2012

Parabéns Brasília...

               Brasília está aniversariando hoje, dia 21 de abril de 1912. Parabéns Brasília, lembro-me do dia que pousei no antigo aeroporto construído em madeira, de uma viagem a bordo de um Avro da Varig, com direito a lanche numa caixa de papelão - um farto lanche e bebida à vontade. Saí de Fortaleza no dia 24 de maio de 1970, com escalas em Terezina e Floriano no Piauí, viagem cansativa, mas cheia de esperanças.
               Engenheiro Agrônomo, formado pela Escola de Agronomia da Universidade Federal do Ceará, iria assumir o cargo de Coordenador de Produção de Mudas da então Divisão de Parques e Jardins do Departamento de Viação e Obras da Novacap, órgão responsável pelas obras de urbanização da Nova Capital do  Brasil. Brasília estava dando seus primeiros passos na criação do que é hoje em termos de áreas verdes. Havia solicitado o apreço de um colega que lá trabalhava, Francisco Ozanan Correia, filho de Barbalha, cidade do meu cariri, havíamos concluído juntos o curso de agronomia. Ele logo atendeu meu pedido e no dia 26 de maio estava contratado e começando uma das atividades mais prazerosas da minha vida profissional.
               Formávamos uma equipe batalhadora, disposta, pronta para fazer de Brasília uma cidade diferente em termos de verde. Chefiava a Divisão um outro cearense de Fortaleza, Engenheiro Agrônomo Stênio de Araújo Bastos, acessorado pelo eficiente Rui de Figueiredo Malta, Agrônomo pernambucano formado pela ESALQ, um exemplo de pessoa humana.  Contávamos com o apoio de técnicos competentes como Tadeu Guido, Seu Toshio, Valdemar Miranda, José Pelles, Jaime, Raimundo Uchoa e muitos jardineiros e operários que faziam do trabalho a realização de um missão muito importante para a cidade - cobrir de verde o solo vermelho do cerrado que as máquinas teimavam em deixar a descoberto, cobrindo Brasília de poeira na época seca do ano e de lama na época das chuvas.
Da direita para a esquerda, equipe de agrônomos:
 José Wagner B. Machado, Fco. Ozanan C.C. Alencar,
Antonio Mendes Tabosa.
               Parabenizo Brasília e parabenizo também a todos que ajudaram a fazer da cidade um jardim, que faz de Brasília a maior área verde "per capita" do mundo.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Osho mudou minha vida...

               Quando comecei a meditar, isto tem um pouco mais de 25 anos, eu o fiz com uma fé muito grande de que minha vida tomaria um rumo diferente. Eu era nervoso, impaciente, reclamava de tudo, muito pessimista. Olhava para as pessoas mais velhas e via que estas pessoas, à medida que envelheciam, eram mais infelizes e me passavam a ideia de  que a morte era o fim de tudo e eu via muito medo da morte em suas fisionomias. Aliás, nem gostavam de tocar no assunto.
               Então dizia para mim mesmo - não quero ser um velho assim, se eu tiver que ficar mais infeliz do que o que sou hoje, acho que não vou suportar chegar até o fim, tenho que fazer alguma coisa. Será que a felicidade existe? Questionava. Será que é só isto o que chamam de vida? Inquiria profundamente. Se é, não vale a pena ser vivida.
              Aí, um certo dia, encontro Osho, um velho indiano e fui até Ele. Tornei-me seu discípulo, recebi o nome de Swami Arpana Gyan, que significa "ofereça-se a Deus com sabedoria". Comecei a praticar seus métodos de meditação apropriados para a mente ocidental, as chamadas meditações ativas. Minha vida mudou, e mudou para melhor. Conheci vislumbres de felicidade, uma forma melhor de se ver a vida, de vivê-la intensamente e aí posso dizer que viver vale a pena e que envelhecer com sabedoria é caminhar para a vida eterna de braços abertos, sem medo da morte que na realidade é a nossa verdadeira liberdade.
              Osho nos leva a experimentar a vida, vivê-la na sua intensidade, descobrir para que viemos aqui neste lindo planeta. Na página 55 do Seu livro "O que é meditação", Ele diz: Meditação é consciência alerta... cada situação tem de se tornar uma oportunidade para meditar. O que é meditação? Tornar-se alerta do que você está fazendo, do que está acontecendo com você.
               Alguém o insulta: fique alerta. O que está acontecendo a você quando o insulto o atinge? Medite sobre isso; isso muda toda "gestalt". Quando alguém o insulta, você se concentra na pessoa: "Por que ela está me insultando? Quem ela pensa que é? Como posso me vingar? Se a pessoa é muito poderosa você se rende, você começa a abanar o rabo. Se ela não é muito poderosa e você vê que ela é fraca, você salta sobre ela. Mas nisso tudo você se esquece totalmente de si mesmo, o outro se torna o foco. Isso significa perder uma oportunidade de meditação. Quando alguém o insulta, medite.