sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Ser criança criando crianças...

               Durante minha vida sempre tive filhos menores me acompanhando, crianças junto a mim, meus amiguinhos. Minha primeira filha está com trinta e oito anos de idade e o meu filho mais novo tem dez. Sempre fui um pai/mãe para eles, permissivo, nada para contrariá-los. Eles me adoravam. Pai, posso isso? Pai, posso aquilo? Pode sim, filho... A mãe aparecia na hora, a mãe atual ainda hoje aparece, e um não vem como medida disciplinar. - Seu pai não tem juízo, tá vendo que não pode! Um riso, um abraço, uma cara feia e a última palavra sempre ficou com a mãe. 
               Não quero questionar o lado psicológico deste meu comportamento e minha relação com as crianças da minha vida. O certo é que me sinto bem sendo assim, meus filhos me adoram. Vou seguindo de coração aberto a todos eles que moram carinhosamente dentro do espaço íntimo, mais bem guardado de meu viver. Somos cúmplices de um terno encontro que aconteceu nas décadas de 1970, 1980, 1990, 2000 e 2001. 
               Minhas lindas crianças, vocês serão eternamente vividas por mim e em mim, através das lembranças que carrego carinhosamente dentro do meu coração. Ainda ontem passei o dia curtindo as águas do Beach Park, em Fortaleza, na companhia de Nathalia (12 anos) e Breno (10 anos), renovando a criança que me acompanha por sessenta e oito anos, sempre ativa e desejosa de viver brincando. 
               Aguardo ansioso o dia de partir para Brasília para viver a alegria de encontrar meus três netos. Estou começando mais uma etapa da minha vida, na companhia das crianças das minhas crianças que eu criei dizendo sim para quase tudo, e agora, como será? 

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