domingo, 12 de junho de 2011

O viver feliz...

          Expressão derradeira do sentir, primeira do viver. Sol nascendo dentro de mim, iluminando a alma, despertando cada célula do meu corpo, sua vestimenta.
      Nascer a cada dia, renascer, deixar acontecer o viver feliz...

Cicatrizar feridas...

          Apalpar a dor carinhosamente, cicatrizar as feridas, cuidar de mim, me sentir.
      O sorriso brota suavemente, dizendo do prazer que vem ficar comigo, me ter.
      É hora de se abrir espaço à cura do corpo e da alma, alegria contemplando um espaço novo, fértil.
         

Ser perfeito...

          Ser perfeito é o sonho de cada um, seu destino, busca incansável dos aprendizes da vida.
    Ser um Buda, despir-se de todas as amarras, deixar acontecer.
    Abre-se uma porta no respirar profundo, no agora, máscaras caindo, me deixando nu.

Distante do cotidiano caseiro...

Pela proliferação de restaurantes e lanchonetes em Brasília, tanto no comércio local das superquadras, quanto nos shoppings, desconfio que os moradores da cidade não gostam de cozinhar em casa. Os restaurantes sempre lotados, mesmo durante a semana. É um problema encontrar vaga para os automóveis nas proximidades dos  mesmos e no horário do meio dia é comum a disputa por mesas nas praças de alimentação dos shoppings. Você tem de marcar uma mesa com qualquer objeto ou andar de bandeja na mão a procura de um assento. Determinados restaurantes têm até cartões promocionais, a cada dez refeições, uma de graça.
            Comer num restaurante em Juazeiro ou Crato é para mim e minha família um dia especial, um motivo de comemoração. É tão bom sentar-se à mesa do cotidiano caseiro e se deliciar com um prato de arroz com feijão, salada e tudo que o seu paladar aprecia!

No Ceará num tem disso não...

Estava fazendo minha refeição na praça de alimentação de um shopping de Brasília e na mesa do lado estavam duas senhoras conversando, entre as garfadas de um delicioso prato. “Ela é grossa, trata mal as pessoas, não sabe se dirigir aos subordinados”, disse uma delas. Pensei que estivessem “tesourando” uma colega de trabalho, pessoa comum, quando a outra falou: “ela é suplente e está ocupando a cadeira deixada pelo senador que assumiu um cargo importante num ministério do governo Dilma”.
           Êta mundão enganoso! Assim é Brasília, no Ceará num tem disso não.

Sigo à deriva...

O mundo dá tantas voltas! E volta e meia nos passa uma rasteira. Parece que tudo corre bem mas quando menos se espera a corda se rompe e o balde entorna. Está acontecendo comigo agora. Num segundo minha vida caiu num abismo e a terra me faltou nos pés.  O que fazer? Como fazer? Por onde começar? Não sei e aí sigo à deriva, entregue à vontade das águas. A correnteza me levará ao destino final. Aonde? Não sei.