quinta-feira, 26 de abril de 2012

Sua essência é muito simples...

          Escrever seja lá o que for, escrever...
                 Deixar sair as palavras, os dedos vão tocando as teclas, aperto-as e deixo à deriva o que possa ser registrado na telinha.   Tenho uma folha virtual, é toda minha, branquinha, pronta para ser preenchida. Vou para o coração, um sorriso brota, vem de uma alegria que está ali, adormecida, calma, fonte de puro prazer. A alegria se transforma num sorriso, deixo sair, é para você.
           Sei que agora, as letrinhas que se transformaram em palavras, é um sentimento dentro do seu coração.
                  Para cada um que lê as palavras sei que o sentimento é único, pode até ser um sorriso também, mas de sabor diferente. É bom saber dos sabores de cada um e viver a alegria de só Ser.
           Neste instante você está conectado com o seu Ser, tenho certeza. Cuide bem dele, expresse-O sempre que tomar consciência d'Ele. Ele é você, sua essência.
                   Sua essência é muito simples...

sábado, 21 de abril de 2012

Parabéns Brasília...

               Brasília está aniversariando hoje, dia 21 de abril de 1912. Parabéns Brasília, lembro-me do dia que pousei no antigo aeroporto construído em madeira, de uma viagem a bordo de um Avro da Varig, com direito a lanche numa caixa de papelão - um farto lanche e bebida à vontade. Saí de Fortaleza no dia 24 de maio de 1970, com escalas em Terezina e Floriano no Piauí, viagem cansativa, mas cheia de esperanças.
               Engenheiro Agrônomo, formado pela Escola de Agronomia da Universidade Federal do Ceará, iria assumir o cargo de Coordenador de Produção de Mudas da então Divisão de Parques e Jardins do Departamento de Viação e Obras da Novacap, órgão responsável pelas obras de urbanização da Nova Capital do  Brasil. Brasília estava dando seus primeiros passos na criação do que é hoje em termos de áreas verdes. Havia solicitado o apreço de um colega que lá trabalhava, Francisco Ozanan Correia, filho de Barbalha, cidade do meu cariri, havíamos concluído juntos o curso de agronomia. Ele logo atendeu meu pedido e no dia 26 de maio estava contratado e começando uma das atividades mais prazerosas da minha vida profissional.
               Formávamos uma equipe batalhadora, disposta, pronta para fazer de Brasília uma cidade diferente em termos de verde. Chefiava a Divisão um outro cearense de Fortaleza, Engenheiro Agrônomo Stênio de Araújo Bastos, acessorado pelo eficiente Rui de Figueiredo Malta, Agrônomo pernambucano formado pela ESALQ, um exemplo de pessoa humana.  Contávamos com o apoio de técnicos competentes como Tadeu Guido, Seu Toshio, Valdemar Miranda, José Pelles, Jaime, Raimundo Uchoa e muitos jardineiros e operários que faziam do trabalho a realização de um missão muito importante para a cidade - cobrir de verde o solo vermelho do cerrado que as máquinas teimavam em deixar a descoberto, cobrindo Brasília de poeira na época seca do ano e de lama na época das chuvas.
Da direita para a esquerda, equipe de agrônomos:
 José Wagner B. Machado, Fco. Ozanan C.C. Alencar,
Antonio Mendes Tabosa.
               Parabenizo Brasília e parabenizo também a todos que ajudaram a fazer da cidade um jardim, que faz de Brasília a maior área verde "per capita" do mundo.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Osho mudou minha vida...

               Quando comecei a meditar, isto tem um pouco mais de 25 anos, eu o fiz com uma fé muito grande de que minha vida tomaria um rumo diferente. Eu era nervoso, impaciente, reclamava de tudo, muito pessimista. Olhava para as pessoas mais velhas e via que estas pessoas, à medida que envelheciam, eram mais infelizes e me passavam a ideia de  que a morte era o fim de tudo e eu via muito medo da morte em suas fisionomias. Aliás, nem gostavam de tocar no assunto.
               Então dizia para mim mesmo - não quero ser um velho assim, se eu tiver que ficar mais infeliz do que o que sou hoje, acho que não vou suportar chegar até o fim, tenho que fazer alguma coisa. Será que a felicidade existe? Questionava. Será que é só isto o que chamam de vida? Inquiria profundamente. Se é, não vale a pena ser vivida.
              Aí, um certo dia, encontro Osho, um velho indiano e fui até Ele. Tornei-me seu discípulo, recebi o nome de Swami Arpana Gyan, que significa "ofereça-se a Deus com sabedoria". Comecei a praticar seus métodos de meditação apropriados para a mente ocidental, as chamadas meditações ativas. Minha vida mudou, e mudou para melhor. Conheci vislumbres de felicidade, uma forma melhor de se ver a vida, de vivê-la intensamente e aí posso dizer que viver vale a pena e que envelhecer com sabedoria é caminhar para a vida eterna de braços abertos, sem medo da morte que na realidade é a nossa verdadeira liberdade.
              Osho nos leva a experimentar a vida, vivê-la na sua intensidade, descobrir para que viemos aqui neste lindo planeta. Na página 55 do Seu livro "O que é meditação", Ele diz: Meditação é consciência alerta... cada situação tem de se tornar uma oportunidade para meditar. O que é meditação? Tornar-se alerta do que você está fazendo, do que está acontecendo com você.
               Alguém o insulta: fique alerta. O que está acontecendo a você quando o insulto o atinge? Medite sobre isso; isso muda toda "gestalt". Quando alguém o insulta, você se concentra na pessoa: "Por que ela está me insultando? Quem ela pensa que é? Como posso me vingar? Se a pessoa é muito poderosa você se rende, você começa a abanar o rabo. Se ela não é muito poderosa e você vê que ela é fraca, você salta sobre ela. Mas nisso tudo você se esquece totalmente de si mesmo, o outro se torna o foco. Isso significa perder uma oportunidade de meditação. Quando alguém o insulta, medite.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Chega de mentiras!

          Um pai do século XXI tem de ser mais um amigo para seu filho, para sua filha, do que um mero disciplinador. Ontem conversei com uma moça de 18 anos que dizia estar com ódio da vida, desejaria sumir. Fiquei preocupado, procurei abrandar os seus sentimentos com palavras de compreensão e de amor.
         - O que a vida te fez? Perguntei.
         - Tudo, minha vida é uma droga, nunca posso fazer nada, meu pai não deixa, isto é vida? Me falou, parecia assustada, encurralada.
         O pai, conservando os padrões recebidos de seus pais, mantém a filha "sob controle", exercendo a autoridade que lhe foi conferida pela instituição "família". É triste que estas coisas ainda aconteçam nos tempos da globalização, onde tudo se sabe, onde tudo se conhece.
         A filha só pode namorar depois de formada, "ou namora, ou estuda". Minha mãe dizia assim também para suas filhas, na década de 1960, quando os hormônios da puberdade começava a circular no corpo jovem de moças donzelas de uma época que passou, mas que foi conhecida como o início da independência da mulher.
         Nos Estados Unidos as moças começavam a "ficar", a viver os primeiros passos da igualdade de gêneros. Nós ainda nos mantínhamos obedientes, esperando casar para viver uma vida sexual plena. Para o homem era permitido frequentar os bordéis em busca da satisfação da carne.
         Não compreendo como um pai possa cometer tamanha violência nos dias de hoje. Senhores pais, por favor abram um espaço ao diálogo com seus filhos, com suas filhas, ou vocês vão perdê-los para sempre. Vai abrir um espaço sem tamanho entre vocês e a loucura dos jovens perdidos será o resultado final.
         Fico triste com tantos jovens tomando "remédio controlado", "tarja preta" como se diz, simplesmente porque não são compreendidos.
         Os tempos mudaram, mudemos nós, os pais e os avós dos dias de hoje. Do contrário, vamos formar uma geração de pessoas dependentes de drogas - as prescritas pelos especialistas e as disponíveis do lado de sua casa, na praça de sua cidade, nos bares da vida, em qualquer esquina para onde estamos levando nossos filhos, nossos netos.
         Abram os seus corações, sintonizem com os corações aflitos desta juventude que só deseja viver, mas que preferem morrer a continuarem vivendo atrelados às normas estabelecidas por um passado que já causou muito sofrimento, a nós mesmos, os pais e os avós da era presente.
         O diálogo, por difícil que seja, por desconfortável que pareça, ainda é o caminho para o entendimento entre as gerações. Chega de mentiras!

E Jesus morreu para nos salvar...

               E Jesus morreu para nos salvar... Salvar de que? De nós mesmos, das nossas imperfeições, da nossa inconsciência.
               A mente é o inferno, a fonte de todos os "pecados", quando damos a ela as rédias da nossa direção. Acessar o coração e beber de sua fonte é o caminho da "salvação", da plenitude, do prazer de viver. No coração está a fonte da verdadeira vida, o sentir profundo, capaz de tudo entender, de dar um rumo certo para o seu viver.
              Uma vida meditativa é o caminho, trilhar os passos do "si mesmo", o verdadeiro dono de sua vida, aquele que é capaz de trazer para você a paz que a tudo permeia, fazendo da mente uma energia limpa, isenta de toda poluição. Esta é a verdadeira busca da perfeição do Ser Humano, do Ser Livre...

Viver o silêncio...


Às vezes quero me calar, não dizer mais nada, simplesmente ser...

O silêncio é acolhedor, suave, inebria a alma, é de uma paz adimensional.
Ser com o silêncio, ser o silêncio, abraça-lo na sua totalidade, lhe dar as boas vindas...
Tudo acontece e você não é mais.
Uma sutil felicidade, destas que nos deixa rindo à toa, simplesmente sendo...
Uma expressão viva da alma.
Quero a todos vivendo assim...
É uma viagem em solitude, de mãos dadas com você.