terça-feira, 16 de agosto de 2011

Perdoa MÃE, eles não sabem o que fazem!

Já fui à padaria comprar os pães, quentinhos. Começou o meu dia, cheio de esperanças, uma brisa vem da área encostada à cozinhha e posso ver no horizonte o velho morro que está ali há milhares de anos sendo mirado por frágeis e passageiros seres humanos que lhe admiram e outros até o cruzaram em longas caminhadas.
Minha paisagem começa no meu quintal com a folhagem densa de uma mangueira e um abacateiro em flor no quintal vizinho. O vento da manhã balança as folhas que se agitam no seu despertar. Imagino, celebrando a chegada dos primeiros raios solares. É provável que o fenômeno da fotossíntese esteja acontecendo e logo mais pequenos frutos verdes apareçam entre os ramos, nascidos de de tão silencioso milagre.
Não me canso de admirar a presença divina nas pequenas coisas, nos aproximando mais e mais de um poder sobrenatural que naturalmente acontece a cada instante. De um solo sem qualquer sabor, até desagradável ao paladar, e que a planta se alimenta, vem para nós humanos como presente, delicosas frutas, verduras... O doce da cana de açúcar nem se compara com o gosto da terra que envolve suas raízes!
Este milagre a ciência ainda não o realizou. Acho quase impossível ao homem imitar a natureza e o mínimo que poderíamos fazer em agradecimento seria respeitá-lá, não magoá-lá com o nosso machado e com a nossa ignorância. Uma reverência a tão misterioso fenômeno é o merecido. A ganância tem cometido um crime imperdoável à MÃE NATUREZA.
Perdoa MÃE, eles não sabem o que fazem!

B O M D I A !

Bom Dia!
Um chorinho, estou ouvindo agora, é o meu Bom Dia para você. Gostava de ouvir este gênero musical com o meu pai. Waldir Azevedo, Altamiro Carrilho, Domingos Pecci, Abel Ferreira, Raul de Barros,Severino Araújo até Paulo Moura. Ases da boa música popular brasileira. Lembro-me de um LP de um saxofonista, Luiz Americano, que meu pai ouvia muito numa radiola à pilhas, no Sítio Flor, em Caririaçu, onde morávamos. Antes da expansão da energia rural. Lembranças, belas recordações, um pouco das minhas saudades, uma viagem através do velho baú de um passado logo ali, nos idos de 1950 é o meu cumprimento para você, um aperto de mãos nesta linda manhã que está nascendo agora.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

É o melhor que faço...

          Não sei o que escrever aí me perco totalmente. É uma besteira muito grande que me vem à cabeça, melhor calar, não dizer nada. Mas ao mesmo tempo algo me pede para voltar às teclas e começo a digitar sem me preocupar com qualquer assunto.
          Uma palavra, mais outra, uma terceira, perco a conta... Um artigo, um verbo, um possessivo, um adjetivo... três pessoas, no singular e no plural, construindo frases que desenham um "besteirol" sem qualquer significado e importância.
          Basbaquice, dizem uns... Asneiras, dizem outros... Coisas de quem não tem o que fazer, digo eu. Não tenho mesmo, graças a Deus, porque já fiz todas as minhas tarefas, deveres de casa e o ócio agora é minha única companhia.
          Sendo assim, me despeço por hoje e deixem-me calar, é o melhor que faço.

O sério ficou para traz...

Viver as bobagens do cotidiano,
papo jogado fora e muitas gargalhadas.
O sério ficou para traz,
agora é só diversão.
Não ter um sentido pra vida
é de certa forma libertador.

Um vazio sem qualquer significado...

          A vida é pura simplicidade. Um ser simples é tudo, não precisa mais.
          Depois da luta pela vida, de ter trilhado o caminho dos bancos escolares, conquistado uma profissão! Depois de ter ajudado a plantar inúmeras árvores nas áreas verdes de Brasília, ensinado à juventude da UnB as técnicas de arborização e a conhecer a vegetação do cerrado! Após a conquista de um Mestrado, um Doutorado, o reconhecimento pelo trabalho realizado, um sentimento de realização neste plano da vida terrena é tudo. Não há mais o que fazer.
          Agora, um novo rumo. Uma virada de cento e oitenta graus, levando para novas descobertas, a vida interior. Um vasto campo experimental se apresenta como uma grande possibilidade. Possibilidade de que? De nada... Um vazio sem qualquer significado.

Renovado ser. Um Ser Livre...

          Sendo assim não há como ser diferente. Será que não há? Acho que sim, são tantos os caminhos! E as veredas? As ruelas? Os contornos? Não me espanta viver o inesperado, gosto de trilhar pelas sinuosidades da vida. Nenhum aonde chegar.
          De repente tudo muda, nenhuma bússola, se deixar seguir sem rumo. O descortinar de uma nova paisagem. É vida vivida em plena liberdade. Não há como se cansar longe da rotina, do previsível. Renovado ser. Um Ser Livre.