domingo, 23 de outubro de 2011

A terra que há em mim aprecia...

Há umas coisas ainda agradáveis acontecendo na pequena cidade do interior. Falo da cidade no chão nordestino, minha origem. Levo uma sacola para trazer o pão e encontro pessoas amigas, um bom dia, um cumprimento carinhoso, as fofocas mais recentes, se aproxima o ano de eleições, aí vem novidades que dá para rechear bem o papo.
Na padaria hoje, aqui a gente ainda chama padaria, o que chamou minha atenção, até me surpreendi, foi uma promoção que o padeiro lançou. A cada dois reais de pão, um cupom para concorrer a uma TV. Isto já são coisas da cidade grande, ou dicas do empreendedorismo, artimanhas para vencer a concorrência.
Aos poucos, o cheiro do pão, o encontro com os amigos, aquela caminhada matinal pelas calçadas de pessoas conhecidas, vai perdendo a importância e os habitantes das cidades pequenas, tradicionais, vão mudando seus hábitos e a tradição fica guardada apenas na memória de uns poucos sessentões saudosistas.
Gosto do tradicional que me dá prazer, que reanima a alma, faz reviver eternas e saudáveis lembranças. Minha terra é minha vida. A terra que há em mim aprecia.

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