terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Envelhecer, estou nessa...

O corpo vai envelhecendo, perdendo a vitalidade, os sinais dos tempos vão aos poucos aparecendo e fazendo a gente pensar sobre o fim que se aproxima.
As lentes naturais por onde enxergamos o mundo vão aos poucos se apagando, perdendo o brilho, fazendo o mundo parecer o que não é.
Um reparo tem de ser feito, trocar as lentes, ver o mundo de uma outra maneira, com uma outra visão.
Recursos mil, mudando sua vida, deixando o natural para trás, buscando o que se ousa chamar qualidade de vida.
Um dreno aqui, uma repuxada ali, ajuda da fisioterapia, quimioterapia, revolução no hábito alimentar.
Tudo para prolongar a vida do corpo, que se cansa fácil, se debilita com qualquer mudança climática, de rotina, curvando-se às circunstâncias do tempo que lhe corrói por dentro e por fora.
Deixa os cabelos grisalhos, as rugas mais profundas, a fala mansa, as passadas curtas e o olhar perdido num tempo que não volta mais.
Envelhecer com sabedoria é aceitar este desgaste como algo natural, conviver com a dor cada vez mais frequente, dar as mãos sugerindo um apoio, abrir um sorriso manso ao fim que se aproxima.

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