sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

A rejeição me persegue...

A rejeição me persegue por muito tempo na minha vida. É uma sensação muito desagradável, corrói a própria alma.
Nós não fomos aceitos, é uma coisa inconsciente, nossos pais estavam noutra, com outros projetos, de repente...
A rejeição é um sentimento primário, vem desde quando estávamos na barriga da nossa mãe. Muita coisa para fazer, muito ocupação, uma barriga pesada, incômoda, quando este menino vai nascer?
Descansar é o nome que se dá quando a gente sai da barrida da mãe. Estávamos incomodando mesmo, foi muito sofrido para a mãe, muita lamentação, mesmo que em alguns instantes a gente tenha sido aceito e até mimado.
A gente nasce e é visitado por muitos amigos e parentes dos nossos pais, muito julgamento, parece com fulano, parece com ciclano, só não parece com a gente mesmo. Mais rejeição. 
Este menino é danado, é um capeta, não para quieto...
Rejeição da braba.
E por ai vai numa corrente sempre crescente de atitudes as mais negativas fazendo de nós mesmo uma pessoa diferente do que a gente gostaria de ser.
É bom agradar aos outros, ser educado, seguir as normas, respeitar os mais velhos, fazer o possível para sermos aceitos.
E a rejeição vai fazendo um calo no coração, nos deixando mergulhados, de vez em quando, numa angústia sem nenhuma causa aparente. Lá no fundo é isto mesmo, não fomos aceitos do jeito que somos.
O que fazer?

Um comentário:

  1. Swami,
    Infelizmente, a rejeição existe inclusive no meio familiar. E, como você diz, desde a barriga da mãe. Se quer menino e vem menina, ou se quer menina e vem menino. Se não quer nenhum filho, e vem. Se não é rejeição de mãe, é de pai, de ambos. Se não é de mãe e de pai, é da vida. É tão complicado e, por vezes, doloroso.

    Um abraço

    Lucia Regina
    http://wwwnarrativasbreves.blogspot.com/

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