Estou em Fortaleza, aqui também está chovendo. Fomos ver um filme em 3D, ainda é novidade para mim, mais uma dimensão na telinha do cinema e realmente faz uma enorme diferença no prazer de curtir a sétima arte.
Foi comigo o meu filho mais novo, o Breno, que tem hoje dez anos de idade. Senti uma espécie de nostalgia, de inveja até. De repente as novidades da vida, no campo das descobertas do homem, das novas tecnologias, nascendo para ele e parecem para mim o final dos tempos.
Imagino o que ele vai viver até chegar à minha idade, sessenta e oito anos, e o que sentirá ao ver seu filho estrear novas descobertas, lá adiante! Com certeza não estarei mais aqui, mas a vida e as novidades humanas continuarão acontecendo e num ritmo sem dúvidas, assustador.
Quero descansar de tudo isto e me recolher nos braços da Existência, ciente que vivi tudo que tinha que viver, nesta minha passagem terrena. Vivi num mundo desigual, onde uns têm tudo e outros nada. Deixo às futuras gerações a incumbência de fazer deste mundo um lugar onde as benesses da vida possam ser vividas por todos, indistintamente.