Estou magoado e a mágoa faz doer por dentro. Este poço eu o conheço de muito tempo. É profundo, parece mais um lodaçal. Não gosto de chegar às suas margens, algo se fecha dentro de mim, me incomoda muito. Uma dor tremenda é o que sinto.
Qualquer circunstância, às vezes boba, é suficiente para tocar a mágoa dentro de mim. Como isto pode acontecer, quase sempre me pergunto, não tenho respostas. Uma contrariedade, algo que acontece sem a minha aquiescência, já desencadeia uma reação em direção ao lodaçal de mágoas.
Agora estou observando, apreciando esta paisagem escura da alma, apenas observando. Tomo uma respiração profunda, mais uma. Me demoro observando a mágoa e a respiração. Aos poucos sou transportado para um espaço mais calmo, mais tranquilo. Observo a respiração - inspiração... expiração... inspiração... expiração...
De repente uma vontade de me abraçar, cuidar de mim, abreviar os sofrimentos... A mágoa vai aos poucos cedendo espaço à brandura, à paz... Um leve sorriso e tudo se faz saudável. Agradeço à Natureza, ela é sábia, ela tem o dom da cura.
segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
sexta-feira, 27 de janeiro de 2012
Somos um único Ser Livre...
Fico feliz de estar chegando até você com minhas palavras, costurando emoções, vivendo o presente. É emocionante ver crescer as visualizações do Ser Livre, um blog criado para fazer da liberdade de viver uma luz na caminhada de cada um que aqui aporta. Na realidade, do dia a dia, é quase impossível Ser Livre, mas é bom quando a gente faz um pequeno esforço que seja, para caminhar com as próprias pernas.
Um Ser Livre pode seu uma pequenina luz no fim do túnel, mas é importante que não se perca o foco desta luz, pois a vida precisa de pessoas corajosas dispostas a manter a tocha desta liberdade. Quero dizer para você que comigo o pequeno foco estava em mim mesmo, nas minhas emoções, nas minhas dificuldades, nas traves atravessadas na minha garganta. Tive que observar cada dificuldade que me era apresentada e simplesmente olhar sem julgar cada momento, para aos poucos viajar num caminho mais aberto, cada vez mais amplo.
Olho para trás e vejo o quanto foi gratificante subir cada degrau da vida em direção à realização. Um sorriso se chega aos poucos e vai colorindo a presença que há em mim, me preenchendo de paz, me fazendo vivo. Compartilho com você este momento e de mãos dadas vamos fazendo deste mundo um paraíso. Sou feliz, você é feliz, somos um único Ser Livre.
Um Ser Livre pode seu uma pequenina luz no fim do túnel, mas é importante que não se perca o foco desta luz, pois a vida precisa de pessoas corajosas dispostas a manter a tocha desta liberdade. Quero dizer para você que comigo o pequeno foco estava em mim mesmo, nas minhas emoções, nas minhas dificuldades, nas traves atravessadas na minha garganta. Tive que observar cada dificuldade que me era apresentada e simplesmente olhar sem julgar cada momento, para aos poucos viajar num caminho mais aberto, cada vez mais amplo.
Olho para trás e vejo o quanto foi gratificante subir cada degrau da vida em direção à realização. Um sorriso se chega aos poucos e vai colorindo a presença que há em mim, me preenchendo de paz, me fazendo vivo. Compartilho com você este momento e de mãos dadas vamos fazendo deste mundo um paraíso. Sou feliz, você é feliz, somos um único Ser Livre.
Vi muitas novidades em minha vida. Hoje vi um filme em 3D...
Estou em Fortaleza, aqui também está chovendo. Fomos ver um filme em 3D, ainda é novidade para mim, mais uma dimensão na telinha do cinema e realmente faz uma enorme diferença no prazer de curtir a sétima arte.
Foi comigo o meu filho mais novo, o Breno, que tem hoje dez anos de idade. Senti uma espécie de nostalgia, de inveja até. De repente as novidades da vida, no campo das descobertas do homem, das novas tecnologias, nascendo para ele e parecem para mim o final dos tempos.
Imagino o que ele vai viver até chegar à minha idade, sessenta e oito anos, e o que sentirá ao ver seu filho estrear novas descobertas, lá adiante! Com certeza não estarei mais aqui, mas a vida e as novidades humanas continuarão acontecendo e num ritmo sem dúvidas, assustador.
Quero descansar de tudo isto e me recolher nos braços da Existência, ciente que vivi tudo que tinha que viver, nesta minha passagem terrena. Vivi num mundo desigual, onde uns têm tudo e outros nada. Deixo às futuras gerações a incumbência de fazer deste mundo um lugar onde as benesses da vida possam ser vividas por todos, indistintamente.
Ser criança criando crianças...
Durante minha vida sempre tive filhos menores me acompanhando, crianças junto a mim, meus amiguinhos. Minha primeira filha está com trinta e oito anos de idade e o meu filho mais novo tem dez. Sempre fui um pai/mãe para eles, permissivo, nada para contrariá-los. Eles me adoravam. Pai, posso isso? Pai, posso aquilo? Pode sim, filho... A mãe aparecia na hora, a mãe atual ainda hoje aparece, e um não vem como medida disciplinar. - Seu pai não tem juízo, tá vendo que não pode! Um riso, um abraço, uma cara feia e a última palavra sempre ficou com a mãe.
Não quero questionar o lado psicológico deste meu comportamento e minha relação com as crianças da minha vida. O certo é que me sinto bem sendo assim, meus filhos me adoram. Vou seguindo de coração aberto a todos eles que moram carinhosamente dentro do espaço íntimo, mais bem guardado de meu viver. Somos cúmplices de um terno encontro que aconteceu nas décadas de 1970, 1980, 1990, 2000 e 2001.
Minhas lindas crianças, vocês serão eternamente vividas por mim e em mim, através das lembranças que carrego carinhosamente dentro do meu coração. Ainda ontem passei o dia curtindo as águas do Beach Park, em Fortaleza, na companhia de Nathalia (12 anos) e Breno (10 anos), renovando a criança que me acompanha por sessenta e oito anos, sempre ativa e desejosa de viver brincando.
Aguardo ansioso o dia de partir para Brasília para viver a alegria de encontrar meus três netos. Estou começando mais uma etapa da minha vida, na companhia das crianças das minhas crianças que eu criei dizendo sim para quase tudo, e agora, como será?
Não quero questionar o lado psicológico deste meu comportamento e minha relação com as crianças da minha vida. O certo é que me sinto bem sendo assim, meus filhos me adoram. Vou seguindo de coração aberto a todos eles que moram carinhosamente dentro do espaço íntimo, mais bem guardado de meu viver. Somos cúmplices de um terno encontro que aconteceu nas décadas de 1970, 1980, 1990, 2000 e 2001.
Minhas lindas crianças, vocês serão eternamente vividas por mim e em mim, através das lembranças que carrego carinhosamente dentro do meu coração. Ainda ontem passei o dia curtindo as águas do Beach Park, em Fortaleza, na companhia de Nathalia (12 anos) e Breno (10 anos), renovando a criança que me acompanha por sessenta e oito anos, sempre ativa e desejosa de viver brincando.
Aguardo ansioso o dia de partir para Brasília para viver a alegria de encontrar meus três netos. Estou começando mais uma etapa da minha vida, na companhia das crianças das minhas crianças que eu criei dizendo sim para quase tudo, e agora, como será?
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
Nossas motos de cada dia...
Viajando para Juazeiro passei por uma moto conduzindo uma senhora com uma criança no colo e na frente do condutor do veículo uma outra criança de uns sete anos de idade. As crianças estavam completamente desprotegidas e a senhora não usava capacete. Espero que não, mas é bem provável que esta família esteja indo para Juazeiro, pensei. É muito comum se encontrar na estrada que liga Caririaçu a Juazeiro motos fazendo este percurso, o que envolve um certo risco de acidentes.
O que me preocupa mais em Caririaçu é a grande quantidade de motos sendo conduzidas por pessoas sem habilitação e sem nenhum conhecimento da legislação do trânsito. Minha sugestão é que os órgãos competentes ofereçam cursos gratuitos a estes condutores objetivando prepará-los melhor para transitar com suas motos nas vias públicas. Já que não se exige dos mesmos a habilitação, que pelo menos os instrua sobre as regras habituais de comportamento no trânsito.
Acidentes têm acontecido quase que diariamente, principalmente no final de ano, em tempo de férias. Infelizmente, os sinais de trânsito chegaram na nossa cidade antes da habilitação da maioria dos condutores de motos. Está mais do que passando da hora de se enfrentar este problema com seriedade. Cabe ao Legislativo e Executivo caririaçuenses dar um basta nesta questão e dotar a cidade de mais segurança no trânsito.
Um outro dia três motos cruzaram a sinaleira sob a luz vermelha bem no momento em que a luz verde me dava passagem. Como sou cauteloso, mesmo me sentindo bastante incomodado, avancei devagar, já imaginando que isto pudesse acontecer. Esta infração é das mais comuns depois da chegada das sinaleiras.
É comum também você parar o automóvel no sinal vermelho e imediatamente ficar cercado de motos por todos os lados, sem opção de avanço. Mais perigo, não se pode perder a calma sob risco de acidentes.
Gosto muito de minha cidade e gostaria de viver aqui até o fim dos meus dias, mas tenho inveja das cidades organizadas em que todos procuram dar um sentido de organização a tudo em volta. Se cada um fizesse sua parte, Caririaçu seria uma cidade boa de se viver, o clima agradável já é um diferencial neste nosso Cariri tão quente.
O que me preocupa mais em Caririaçu é a grande quantidade de motos sendo conduzidas por pessoas sem habilitação e sem nenhum conhecimento da legislação do trânsito. Minha sugestão é que os órgãos competentes ofereçam cursos gratuitos a estes condutores objetivando prepará-los melhor para transitar com suas motos nas vias públicas. Já que não se exige dos mesmos a habilitação, que pelo menos os instrua sobre as regras habituais de comportamento no trânsito.
Acidentes têm acontecido quase que diariamente, principalmente no final de ano, em tempo de férias. Infelizmente, os sinais de trânsito chegaram na nossa cidade antes da habilitação da maioria dos condutores de motos. Está mais do que passando da hora de se enfrentar este problema com seriedade. Cabe ao Legislativo e Executivo caririaçuenses dar um basta nesta questão e dotar a cidade de mais segurança no trânsito.
Um outro dia três motos cruzaram a sinaleira sob a luz vermelha bem no momento em que a luz verde me dava passagem. Como sou cauteloso, mesmo me sentindo bastante incomodado, avancei devagar, já imaginando que isto pudesse acontecer. Esta infração é das mais comuns depois da chegada das sinaleiras.
É comum também você parar o automóvel no sinal vermelho e imediatamente ficar cercado de motos por todos os lados, sem opção de avanço. Mais perigo, não se pode perder a calma sob risco de acidentes.
Gosto muito de minha cidade e gostaria de viver aqui até o fim dos meus dias, mas tenho inveja das cidades organizadas em que todos procuram dar um sentido de organização a tudo em volta. Se cada um fizesse sua parte, Caririaçu seria uma cidade boa de se viver, o clima agradável já é um diferencial neste nosso Cariri tão quente.
terça-feira, 17 de janeiro de 2012
Minha Serra, sei que você também está saudosa...
Tem tempo que não vou à Praça Padre Augusto, encontrar os amigos, dar uma volta com a família. Minha filha não gosta de sair de casa, mas hoje me pediu para dar uma voltinha. Saímos com vontade de apreciar o clima mais frio do centro da cidade, na parte mais alta, onde o ventinho do Flor costuma passar logo que a noite cai.
Ir à praça me traz recordações de um tempo que não volta mais, dos encontros com os amigos, dos namoros muito bem comportados da época, olhares tocando o coração de jovens vivendo despretensiosamente, simplesmente curtindo o momento.
Hoje a praça não é a mesma. Gente que não conheço é a maioria. Um tempo bem diferente e a preocupação com a segurança, principalmente ao cruzar a rua principal, motos aparecendo de repente e em alta velocidade.
De repente, um barulho de sucatas se batendo, uma colisão de duas motos no canto da praça em frente a residência de meu primo e amigo Humberto Borges. Ainda bem que não havia ninguém na calçada, os dois veículos se jogaram em direção à casa. Dois rapazes jogados ao chão e logo recolhidos por uma ambulância. A polícia apareceu em seguida, para registro do fato.
Sair de casa hoje em Caririaçu é um risco de vida. Atravessar a Rua Carlos Morais só com muito cuidado e sob a proteção divina. Minha cidade mudou, infelizmente, em alguns pontos, para pior. Tenho saudades das ruas calmas, da praça como extensão da nossa casa, onde encontrávamos os amigos e a conversa se demorava sem tempo para voltar. Um doce de leite em Santana Flor, um cafezinho em Miguel Salú e o som da amplificadora A Voz da Serra com mensagens divertidas, de gente com muito tempo para viver feliz.
Minha Serra, sei que você também está saudosa.
Ir à praça me traz recordações de um tempo que não volta mais, dos encontros com os amigos, dos namoros muito bem comportados da época, olhares tocando o coração de jovens vivendo despretensiosamente, simplesmente curtindo o momento.
Hoje a praça não é a mesma. Gente que não conheço é a maioria. Um tempo bem diferente e a preocupação com a segurança, principalmente ao cruzar a rua principal, motos aparecendo de repente e em alta velocidade.
De repente, um barulho de sucatas se batendo, uma colisão de duas motos no canto da praça em frente a residência de meu primo e amigo Humberto Borges. Ainda bem que não havia ninguém na calçada, os dois veículos se jogaram em direção à casa. Dois rapazes jogados ao chão e logo recolhidos por uma ambulância. A polícia apareceu em seguida, para registro do fato.
Sair de casa hoje em Caririaçu é um risco de vida. Atravessar a Rua Carlos Morais só com muito cuidado e sob a proteção divina. Minha cidade mudou, infelizmente, em alguns pontos, para pior. Tenho saudades das ruas calmas, da praça como extensão da nossa casa, onde encontrávamos os amigos e a conversa se demorava sem tempo para voltar. Um doce de leite em Santana Flor, um cafezinho em Miguel Salú e o som da amplificadora A Voz da Serra com mensagens divertidas, de gente com muito tempo para viver feliz.
Minha Serra, sei que você também está saudosa.
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