Viajando para Juazeiro passei por uma moto conduzindo uma senhora com uma criança no colo e na frente do condutor do veículo uma outra criança de uns sete anos de idade. As crianças estavam completamente desprotegidas e a senhora não usava capacete. Espero que não, mas é bem provável que esta família esteja indo para Juazeiro, pensei. É muito comum se encontrar na estrada que liga Caririaçu a Juazeiro motos fazendo este percurso, o que envolve um certo risco de acidentes.
O que me preocupa mais em Caririaçu é a grande quantidade de motos sendo conduzidas por pessoas sem habilitação e sem nenhum conhecimento da legislação do trânsito. Minha sugestão é que os órgãos competentes ofereçam cursos gratuitos a estes condutores objetivando prepará-los melhor para transitar com suas motos nas vias públicas. Já que não se exige dos mesmos a habilitação, que pelo menos os instrua sobre as regras habituais de comportamento no trânsito.
Acidentes têm acontecido quase que diariamente, principalmente no final de ano, em tempo de férias. Infelizmente, os sinais de trânsito chegaram na nossa cidade antes da habilitação da maioria dos condutores de motos. Está mais do que passando da hora de se enfrentar este problema com seriedade. Cabe ao Legislativo e Executivo caririaçuenses dar um basta nesta questão e dotar a cidade de mais segurança no trânsito.
Um outro dia três motos cruzaram a sinaleira sob a luz vermelha bem no momento em que a luz verde me dava passagem. Como sou cauteloso, mesmo me sentindo bastante incomodado, avancei devagar, já imaginando que isto pudesse acontecer. Esta infração é das mais comuns depois da chegada das sinaleiras.
É comum também você parar o automóvel no sinal vermelho e imediatamente ficar cercado de motos por todos os lados, sem opção de avanço. Mais perigo, não se pode perder a calma sob risco de acidentes.
Gosto muito de minha cidade e gostaria de viver aqui até o fim dos meus dias, mas tenho inveja das cidades organizadas em que todos procuram dar um sentido de organização a tudo em volta. Se cada um fizesse sua parte, Caririaçu seria uma cidade boa de se viver, o clima agradável já é um diferencial neste nosso Cariri tão quente.
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
terça-feira, 17 de janeiro de 2012
Minha Serra, sei que você também está saudosa...
Tem tempo que não vou à Praça Padre Augusto, encontrar os amigos, dar uma volta com a família. Minha filha não gosta de sair de casa, mas hoje me pediu para dar uma voltinha. Saímos com vontade de apreciar o clima mais frio do centro da cidade, na parte mais alta, onde o ventinho do Flor costuma passar logo que a noite cai.
Ir à praça me traz recordações de um tempo que não volta mais, dos encontros com os amigos, dos namoros muito bem comportados da época, olhares tocando o coração de jovens vivendo despretensiosamente, simplesmente curtindo o momento.
Hoje a praça não é a mesma. Gente que não conheço é a maioria. Um tempo bem diferente e a preocupação com a segurança, principalmente ao cruzar a rua principal, motos aparecendo de repente e em alta velocidade.
De repente, um barulho de sucatas se batendo, uma colisão de duas motos no canto da praça em frente a residência de meu primo e amigo Humberto Borges. Ainda bem que não havia ninguém na calçada, os dois veículos se jogaram em direção à casa. Dois rapazes jogados ao chão e logo recolhidos por uma ambulância. A polícia apareceu em seguida, para registro do fato.
Sair de casa hoje em Caririaçu é um risco de vida. Atravessar a Rua Carlos Morais só com muito cuidado e sob a proteção divina. Minha cidade mudou, infelizmente, em alguns pontos, para pior. Tenho saudades das ruas calmas, da praça como extensão da nossa casa, onde encontrávamos os amigos e a conversa se demorava sem tempo para voltar. Um doce de leite em Santana Flor, um cafezinho em Miguel Salú e o som da amplificadora A Voz da Serra com mensagens divertidas, de gente com muito tempo para viver feliz.
Minha Serra, sei que você também está saudosa.
Ir à praça me traz recordações de um tempo que não volta mais, dos encontros com os amigos, dos namoros muito bem comportados da época, olhares tocando o coração de jovens vivendo despretensiosamente, simplesmente curtindo o momento.
Hoje a praça não é a mesma. Gente que não conheço é a maioria. Um tempo bem diferente e a preocupação com a segurança, principalmente ao cruzar a rua principal, motos aparecendo de repente e em alta velocidade.
De repente, um barulho de sucatas se batendo, uma colisão de duas motos no canto da praça em frente a residência de meu primo e amigo Humberto Borges. Ainda bem que não havia ninguém na calçada, os dois veículos se jogaram em direção à casa. Dois rapazes jogados ao chão e logo recolhidos por uma ambulância. A polícia apareceu em seguida, para registro do fato.
Sair de casa hoje em Caririaçu é um risco de vida. Atravessar a Rua Carlos Morais só com muito cuidado e sob a proteção divina. Minha cidade mudou, infelizmente, em alguns pontos, para pior. Tenho saudades das ruas calmas, da praça como extensão da nossa casa, onde encontrávamos os amigos e a conversa se demorava sem tempo para voltar. Um doce de leite em Santana Flor, um cafezinho em Miguel Salú e o som da amplificadora A Voz da Serra com mensagens divertidas, de gente com muito tempo para viver feliz.
Minha Serra, sei que você também está saudosa.
As ilusões me atraem...
As ilusões da vida dão um certo colorido ao viver, me embriago nas ilusões da vida...
Um entorpecer, talvez. Penumbras numa noite clara de luar, as ilusões.
Me entrego às ilusões e algo descontrolado afasta o chão dos meus pés.
É uma loucura as ilusões, um aprendizado, quimeras se dissolvendo em sonhos.
As ilusões me atraem, me divertem, me levam para fora de mim, não sou eu...
Meditação de Osho - Contando as respirações...
Gosto muito de praticar as meditações de Osho, principalmente as dirigidas para a respiração. Esta é muito simples e muito poderosa. Experimente! As técnicas de meditação devem ser feitas de forma leve, prazerosa, sem nenhum desconforto. Não precisa fazer qualquer sacrifício. A meditação não é uma coisa séria, uma tarefa para se cumprir, é mais uma diversão. Aproveite!!!
Para você do Ser Livre um presente de Osho.
“Contando as Respirações
Para você do Ser Livre um presente de Osho.
“Contando as Respirações
Comece a contar: Inalação - conte 1 (não inclua a exalação), inalação - 2, e assim por diante, até 10. Depois conte de 10 voltando até 1. Às vezes você pode esquecer de observar a respiração ou você pode ir além de 10. Então comece de novo, de 1.
Essas duas coisas devem ser lembradas: observar, e particularmente os intervalos no topo e no fundo. A experiência desse intervalo é você, seu âmago mais interior, seu ser.
E segundo: continue contando, mas não mais do que dez; e retorne até um; e só conte as inalações.
Estas coisas auxiliam a conscientização. Você precisa ficar atento, senão você começará a contar a exalação, ou você irá ultrapassar 10.
Se você gostar dessa meditação, prossiga com ela. Ela é de imenso valor".
sábado, 14 de janeiro de 2012
Cearense Caririzeiro, meu pai falava das experiências do meu avô...
Papai gostava de falar das experiências de seu pai, José Nogueira de Melo, Seu Zé Pereira. Nas páginas de um livro seu que ainda não foi editado, ele escreveu:
“É inteiramente impossível se escrever sobre um cearense Caririzeiro que durante toda sua vida foi sempre ligado a atividades agrícolas e pecuárias, descendente de três ou quatro gerações de agricultores, sem que se fale em experiências sobre chuvas próximas, previsões de invernos bons ou ruins e finalmente tudo sobre chuvas nesse Ceará seco e sofredor. Todo cearense agricultor e inteligente, com seus 50 anos vividos e sofridos nessa terra é um bom profeta. Meu pai viveu suas experiências aprendidas e herdadas na lida diária com a vida. Eu também sou um agricultor e pecuarista Caririzeiro, com meus 81 anos de Ceará.
O vento quando começa a soprar firme e do norte em direção ao sul, deixa de fazer frio na Serra de São Pedro, o tempo fica abafado e calorento, dizia meu pai, é sinal de chuvas próximas. Muitas vezes ele e eu vínhamos a pé do sítio Flor, à tardinha, pelo caminho da Raposa. Ele várias vezes se abaixava, apanhava um pouquinho de terra e soltava no ar. Se a terra fosse levada pelo vento em direção ao sul, ele dizia satisfeito:
- Olhe, vamos ter chuvas nesses dias. Está fazendo calor também.
Essa experiência do vento e da atmosfera, ele começava a fazer no mês de setembro, quando as culturas permanentes como a cana de açúcar, as bananeiras e as fruteiras em geral estavam sentindo falta de terra molhada em suas raízes e estavam prestes a amarelar, suas folhas começavam a secar e cair. Quando o gado não encontrava mais folhas verdes para comer e começava a devorar a pastagem seca e fibrosa.
Os poucos e pequenos açudes existentes na época começavam a secar tornando-se escasso o precioso líquido, tão importante na vida das pessoas, dos animais e dos vegetais. A chuva chegava infalivelmente antes do fim do mês de outubro e tudo mudava para melhor. O gado começava a comer ramas verdes, cagar mole e engordar. Os pequenos cafezais se cobriam de flores novas segurando a carga para o próximo ano e tudo mais se tornava verde. Essa experiência continua dando certo".
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
Amigos virtuais, tenho muitos...
Tenho muitos amigos virtuais, não será esta a nossa natureza?
Fico filosofando e redescobrindo o que se passa em volta, os conteúdos, as formas e no disforme vejo que existimos. Ou simplesmente acontecemos.
Quando não estou me faço presente e o mundo me faz existir, mesmo que eu não queira.
Assim acontece com você e num determinado momento nos encontramos, nos desencontramos, nos tornamos amigos...
No virtual estamos presentes e ausentes ao mesmo tempo, dando espaço ao existir que vai aos poucos permutando as formas.
Somos virtuais amigos, amigos virtuais, a rede procura tecer esta amizade que se espalha, não tem fim.
É uma grande virtude...
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