quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Paródias da vida quase real... seis.

               O que aconteceu com Helena me fez refletir sobre o comportamento masculino frente a uma situação destas. Ela não mais teve notícias do amado. Para ele é como se nada tivesse acontecido, apenas mais um caso. Um momento prazeroso, puro sexo, uma exploração corporal, viajando por cada cantinho sensual da pele morena de tão linda jovem.

        Sussurros, gritos contidos, abraços apertados, intermináveis. Lábios nos lábios tirando o fôlego dos dois. Movimentos inesperados, um rolar na grama, dois animais no cio entregues à volúpia, rompendo desejos. O tempo desaparece, uma noite que parece interminável e ao mesmo tempo efêmera, adoçada pelo prazer de tamanho encanto. Copos desnudos, exaustos, descansando agora. As mãos se tocam, as pernas se cruzam, face roçando a face, olhos cerrados mostrando uma satisfação própria dos amantes.

        No outro dia uma outra página na vida de Heitor, homem acostumado a lidar com a conquista feminina, se gabava. Namorador, umas duas ou três relativamente fixas, visitadas com mais freqüência e, sempre que a ocasião oferecia, uns casos sem nenhum compromisso. Com Helena foi assim. Mais um para a sua coleção, só lembrado nas rodadas de cerveja assim mesmo para provar para os amigos seu lado conquistador.

        De uma maneira geral, este lado animal, sem nenhum uso do racional, parece mais uma condição masculina, mais ativa no homem. Mais sexo, menos romance. A mulher é mais amor, sexo como um complemento, romantizado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário