domingo, 24 de julho de 2011

Há dias assim...

Há dias assim, de céu calmo, nenhuma
nuvem, o azul é um só,
tanto fora quanto dentro.
O prazer vem sem nenhum motivo,
é um hóspede amigo, desses a quem se oferece o melhor quarto,
um lençol macio, uma rede na varanda.
É um sossego merecido, se chegando aos poucos,
tomando cada cantinho.
Visto o pijama, me deito, me entrego por completo à paz que me chega.
É uma manhã bem calma.
Quando me acordo o espreguiçar demora,
estico uma perna, encolho a outra...
É como o bocejar de uma criança,
o olhar distante do ancião,
a semente no chão nordestino esperando a chuva.
Os pássaros cantam bem compassado,
há uma harmonia conduzindo esta manhã,
me fazendo respirar no seu ritmo.
Um tempo diferente,
o espaço já não é mais o mesmo diz o sabiá,
confirma o bentivi.
Ouço mais distante o coro alegre
dos periquitos.

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