sexta-feira, 29 de julho de 2011

Paródias da vida quase real...

          
          Depois do adeus você não mais retornou. Momentos de espera, angustiantes momentos, muito sofrimento. Quantas vezes lancei o olhar esperançoso em direção à curva da estrada e um vazio me partia o coração pois sabia que tu não mais pisaria nosso chão.
        Ainda guardo o prateado luar como um manto que nos envolveu no derradeiro encontro. Eu não esperava que tão emocionantes instantes fossem os últimos momentos de um amor que parecia eterno.
        A vida nos prepara surpresas desagradáveis ao longo da caminhada. O amor não deveria ser um sentimento tão frágil, tão dependente de uma outra pessoa para acontecer na totalidade. Ainda desconheço o amor transcendental, o amor incondicional, este que só depende de mim mesmo. O amor que é só doação sem receber nada em troca. Existe mesmo um amor assim?
        Não sei não! E se existe, não dá pra chegar nesta fonte amorosa sem antes passar pelo amor carnal, o amasso, este que jorra no encontro de dois corpos se enroscando um no outro, este que vivemos nos últimos encontros que tivemos no gramado do jardim. Só nós dois e a ingenuidade da noite. Um amor assim só com você e mais ninguém, por isto meu desespero, meu sofrimento.
        Meu coração... O que faço dele agora? Se não é para te amar, pra que deixá-lo palpitar? Não, não sei. E não quero vê-lo chorar em desespero quando o seu destino é puramente amar. Me recuso, não sei o que fazer.

Nenhum comentário:

Postar um comentário