sexta-feira, 29 de julho de 2011

Só as boas, das boas.

          "Cratinho de açúcar, tijolo de buriti" diz uma canção que ouvi faz tempo na voz de Luiz Gonzaga. E ele morava aqui pertinho, subindo a Chapada do Araripe, cidade de Exu em Pernambuco a 42Km de distância.
          Crato do meu passado, garoto cursando o científico no Colégio Diocesano, nos idos de 1960/62. Tímido, com medo de tudo, sou mais feliz agora. Estou mais assentado na vida. Levando até você o que se passa comigo e quem sabe não vai bater com o ritmo do que você está vivendo agora...
          Crato dos banhos nas suas nascentes, no pé da serra, água cristalina. A gente ia num minúsculo ônibus de madeira, a caixa de fósforo, como era conhecido.  Até o Lameiro, uma subida só, bem devagar, quase parando. Oi moço! Vou descer aqui.
          Crato da Praça Siqueira Campos. À noite um passeio olhando as meninas passando de braços dados umas com as outras, distribuindo olhares, sorrisos, encontros com direito a se dar as mãos. Se desse certo, um filme no cine Moderno.
          Crato da feira. Tinha de tudo, no primeiro dia da semana, ponto de encontro de gente de toda redondeza. Piqui, goma, farinha, rapadura, frutas da estação, uma bicada com os amigos no bar em frente.
          Crato, estou aqui hoje, matando saudades, relembrando as coisas boas aqui passadas. Só as boas, das boas.

             

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