sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Brincadeira de criança... num passado distante...

          Estava há pouco conversando com minha tia de 92 anos, pessoa tranquila, cabeça boa, entende de tudo e não para de falar das coisas boas que viveu. Mora aqui pertinho, ali atrás da Matriz, um pulo. Entre outras passagens de um tempo que se foi, lembrou-me das brincadeiras de crianças em frente à casa do meu avô, na rua principal, já chegando na praça. Ela e uma turma rondando os dez doze anos de idade, ficavam até nove horas da noite participando de incansáveis brincadeiras. A cidade nesta época era muito pequena e ali estava reunida praticamente toda meninada da rua.
          Quando dava nove horas da noite, e isto acontecia todos os dias, sua prima, filha do dono da casa na frente da qual a turma se divertia, subia no batente da porta, batia palmas e cantava para que todos ouvissem: Já são nove horas, quem não for de casa que vá embora, já são nove horas quem não for de casa que vá embora. E cada um saía de cabeça baixa, achando ruim, mas mesmo assim iam para suas casas, era ora de dormir. Havia uma coleguinha que não ficava satisfeita e toda noite repetia: nunca mais venho brincar com vocês.

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