sexta-feira, 26 de agosto de 2011

O que senti na Índia...

             A segunda vez que estive na Índia, Osho já não estava mais lá. Fui comemorar meus 50 anos de vida, meio século, muita coisa. Foi o presente que me dei.
          Cheguei em Puna e fiquei alguns dias no Ashram participando das meditações diárias, dos trabalhos de crescimento interior e curtindo os amigos. Certo dia me deu vontade de conhecer um outro Mestre Iluminado, para onde muitos discípulos de Osho estavam se dirigido.
          Só se falava em Papaji. Fiquei curioso e com muita vontade de ir conhecê-lo, ao mesmo tempo em que achava que estava traindo Osho. Uma dúvida tremenda! Osho jamais aceitou que o seguíssemos cegamente, as portas da busca espiritual deveriam estar sempre abertas, seja em que direção fosse.  Uma responsabilidade só sua.
          Comprei as passagens aéreas e fui para Lucknow, capital do estado de Uttar Pradesh, ao norte da Índia. Era lá que morava Papaji. Cheguei no final da tarde e procurei me hospedar próximo de sua casa. Foi fácil encontrar onde ficar`, uma casa de uma discípula do Mestre. Ela foi logo me dizendo que ele não recebia ninguém em sua casa, somente na sala de satsang e aí me deu o endereço.
          Estava muito curioso para estar próximo de um Mestre vivo. Na mesma noite da minha chegada fui até a residência de Papaji e fiquei lá fora. Muita areia em volta da casa, não havia pavimento na rua. O que me chamou a atenção foi a presença de muitos animais dormindo em volta da casa. Porco, gado, outros animais menores. Uma paz indescritível. Fiquei de pé, fechei os olhos e permaneci ali por um tempo que não consegui dimensionar. Parecia que estava do lado de seu leito. Uma felicidade que não era deste mundo. É mesmo muito importante estar junto de um Mestre vivo.
          Ainda participei de dois satsangs com Papaji. Toquei seus pés em profundo agradecimento. Uma energia extraordinária. Bebi da fonte.

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