quinta-feira, 25 de agosto de 2011

O amor universal, sem o caseiro, é uma enganação...

          Nunca gostei de impor nada a meus filhos. Sempre gostei muito de conversar. Se errei com eles foi por excesso de liberdade, por não ter imposto limites, sempre achei que eles deveriam descobrir o mundo com sua própria luz. É bem provável que nos padrões psicológicos eu tenha cometido erros, afinal nós estamos nesta terra como aprendizes. E aprender a ser pai, para mim, foi uma tarefa muito difícil.
         Os manuais de pai que consultei não me deram respostas nos momentos que mais precisei. Fui mesmo empurrando com a barriga, como se diz. Uma coisa é certa: permaneci sempre com o meu coração aberto em direção a cada um deles e posso dizer que esta minha disposição ajudou muito nesta caminhada.
         Sei que o que eles aprenderam comigo não vai servir para conduzir meus netos. Espero que as coisas boas possam ser  aproveitadas em benefício dos mesmos. Uma coisa gostaria que eles procurassem por em prática, a busca da verdade interior, gostar de si mesmo, descobrindo seu verdadeiro amor. Uma pessoa assim está preparada para viver a vida em toda sua plenitude, enfrentar qualquer dificuldade e estas serão um eterno desafio.
         Quero deixar para eles o exemplo de uma pessoa que buscou, acima de tudo ser feliz, para poder fazer feliz a quem estivesse por perto. Amar a si mesmo para depois poder amar ao próximo. Este próximo, para mim, não está distante. Este próximo está dentro de casa, nas vizinhanças, nos relacionamentos. O amor universal, sem o caseiro, é uma enganação.
         

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